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Economia

Empresários indianos querem estudar melhores sectores para investir na ZEE

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A embaixadora da Índia em Angola, Pratiba Parkar visitou nesta sexta-feira, 29, a Zona Económica Especial Luanda-Bengo, onde existem fábricas do seu país a produzir bem alimentares, tendo no final da mesma prometido levar uma mensagem positiva aos empresários indianos, e estudar os melhores sectores para investir na ZEE.

Tratam-se da GULKIS que produz leite pasteurizado e condensado, bem como a Mafcom, que se encontra a terminar a montagem para a entrada em funcionamento nos próximos tempos.

A comitiva da diplomata indiana, esteve acompanhada do Presidente do Conselho de Administração da ZEE e da AIPEX, que guiou a visita às duas unidades fabris na Zona Económica Especial Luanda-Bengo.

A GULKIS foi a primeira fábrica a receber a comitiva. A funcionar desde os finais de 2020, esta fábrica produz actualmente 30 mil litros de leite pasteurizado e igual número de leite condensado por dia.

Tem 225 trabalhadores e 23 destes são mulheres, que diariamente trabalham para o funcionamento da unidade fabril e abastecer o mercado nacional.

Durante a visita, o Correio da Kianda apurou que aquela fábrica vai aumentar a sua produção para 40 mil litros dias, nos próximos tempos e que está também a construir na ZEE, outra unidade fabril de produção alimentar, para o fabrico de biscoitos, e que poderá arrancar nos próximos meses.

Na fábrica MAFCOM a visita visou constatar o ritmo de andamento das obras que já se encontram em fase de conclusão. Além de leite pasteurizado, esta fábrica vai igualmente produzir outros lacticínios. Um investimento orçado em mais de 20 Milhões de Euros, criando emprego directo a cerca de 400 trabalhadores e poderá produzir mais de 2 milhões de litros de leite em 5 anos.

À imprensa, a embaixadora Pratiba Parkar disse que a visita resulta de um encontro que manteve com o Presidente do Conselho de Administração da ZEE, em Novembro de 2020, e veio por esta razão comprovar o que está a ser edificado no local.

Disse ainda ter saído satisfeita com a visita que efectuou às fábricas GULKIS e a MAFCOM, nesta sua primeira visita, que efectuou e considerou de positivas as experiências de interacção entre as duas empresas do seu país já instaladas na ZEE.

Pratiba Parkar prometeu levar as informações positivas que colheu na visita aos empresários do seu país, para trazer mais empresários indianos ao país, apesar de considerar ainda prematuro indicação das áreas de actividade com que os outros empresários poderão entrar para o mercado angolano e mais especificamente na Zona Económica Especial Luanda-Bengo.

“Estas áreas não são suficientes e nós gostaríamos aumentar”, tendo acrescentado levar o assunto à câmara de comércio para a discussão e tomada de decisão das outras áreas em que deverão investir.

O Presidente do Conselho de Administração da ZEE, António Henriques da Silva, disse que a visita da embaixadora da Índia em Angola, representar o interesse daquele país em contribuir para a economia angolana com investimento

António Henriques destacou a presença do empresariado indiano no mercado angolano, com 66 projectos, nas províncias de Luanda, Zaire, Malange, Cabinda, Benguela e Bengo, “um total de investimento de 146.125 mil dólares em vários sectores de actividades”. Acrescentou ainda que quando entrar em funcionamento, a fábrica da Mafcom, mais 400 postos de trabalho serão formados.

A existência de infraestruturas, como a energia eléctrica e da água, são, segundo o também presidente da AIPEX condições “favoráveis de realização de investimentos” e “albergar projectos que estejam alinhados com a vontade de diversificar a nossa economia”.

O PCA da ZEE, António Henriques da Silva garantiu ainda haver quatro mil hectares para que os investidores interessados possam instalar-se, “não apenas na montagem de unidades fabris, mas inserido no seu plano director, um conjunto de outros equipamentos que podem agregar valor ao ecossistema que se quer desenvolver”.

A Índia é o terceiro maior parceiro comercial de Angola, com o qual compartilha cerca de 10% do seu comércio externo, através do qual foram estendidas três linhas de crédito de valor, que agregaram cerca de 108 milhões de dólares para o financiamento de projectos económicos.

Os investimentos de empresários indianos em Angola estão na faixa dos 1,5 mil milhões de dólares em sectores como alimentar plásticos, metal e aço, vestuário e imobiliário, varejo, hotelaria, plásticos agrícolas, sucata, aço, comércio e outros serviços.

A balança comercial entre os dois países, segundo dados oficiais, atingiu um total de 3.962,38 milhões de dólares entre os anos de 2019 e 2020.




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