Justiça
Empresa Russa Alrosa busca apoio Americano para investigar desvio de 10 milhões de dólares de CATOCA
Suspeitando que a antiga administração da Sociedade Mineira de Catoca de ter desviado quase 10 milhões de dólares, o grupo russo Alrosa está buscando uma intervenção judicial dos EUA para obtenção de provas.
Nos próximos dias, o juiz Norte Americano, Paul Gardephe, terá que decidir sobre a admissibilidade do pedido do grupo Russo Alrosa , feita na Corte Distrital do Sul, em Nova York, em abril, que pretende provar em tribunal as transferências ilegais de fundos que ocorreram a partir da Sociedade Minera de Catoca, detida pela Alrosa com 41%, Endiama com 41%, e pela Leviev International – LLI (China), com 18%. .
Segundo Alrosa, um total de 9,8 milhões de dólares teria sido desviado das contas de Catoca, quando Sergey Amelin estava administrando a joint venture, e transitaria por bancos de Nova York com o pretexto de comprar equipamentos ou serviços para empresas que, na verdade, não prestação serviços e muitas vezes não tinham actividade.
A Alrosa está reunir informações sobre todas as transferências, depósitos e pagamentos até 10.000 dólares entre fevereiro de 2015 e dezembro de 2018 em 16 grandes bancos, incluindo o Bank of America, o Citibank e o JPMorgan Chase, Deutsche Bank, Barclays, BNP Paribas e UBS.
Os documentos devem ajudar a formar o registro dos procedimentos que a Alrosa planeja realizar em Angola ou no Reino Unido a fim de obter compensação pelas perdas.
Antes de apresentar seu pedido em Nova York, a Alrosa conduziu uma investigação coordenado por Boris Rollanovich Sedov, chefe do departamento de análise do departamento de segurança do grupo, que identificou as oito entidades que receberam de 113 mil para mais de 5 milhões de dólares em Catoca. De acordo com a Alrosa, o esquema baseava-se em assinar contratos com “empresas-fantasma” para comprar a um preço muito alto serviços ou equipamentos, em última instância fornecidos por terceiros pagos mais barato.
Em Nova York, Alrosa é defendida pelo advogado Bruce Marks (Marks & Sokolov), especialista em ações judiciais envolvendo grandes conglomerados russos no exterior, ex-senador Republicano da Pensilvânia, próximo ao presidente americano Donald Trump, que há muito tempo o representou várias vezes, particularmente em disputas eleitorais.
Catoca, situada na província da Lunda Sul, é a quarta maior mina do mundo explorada a céu aberto.
A Sociedade Mineira de Catoca é uma Empresa angolana de prospecção, exploração, recuperação e comercialização de diamantes, constituída pela Endiama (Angola), Alrosa (Rússia), Lev Leviev International – LLI (China) e Odebrecht (Brasil).
Catoca é a maior empresa no subsector diamantífero em Angola, sendo responsável pela extracção de mais de 75% dos diamantes angolanos.
Além do kimberlito de Catoca que explora na Lunda Sul, a empresa tem participação maioritária em concessões como a do Luemba, Gango, Quitúbia, Luangue, Vulege, Tcháfua e Luaxe.
C/ Africa Intelligence