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Elon Musk critica alegadas “leis de propriedade racistas” da África do Sul
O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, conversou, esta segunda-feira, 03, com Elon Musk sobre a disseminação de informações erradas e distorções sobre o país.
Elon Musk, que nasceu e cresceu na África do Sul, acusou o país de ter “leis de propriedade abertamente racistas” que prejudicam os brancos.
Entretanto, Ramaphosa lembrou Musk do respeito do país pelo Estado de Direito, justiça, imparcialidade e igualdade, que estão consagrados em sua constituição.
O bilionário, aliado próximo de Donald Trump, fez os seus comentários na sua plataforma de mídia social, X, depois que o presidente dos EUA disse que suspenderia a ajuda à África do Sul.
Trump acusou o país de “confiscar terras” e tratar “certas classes de pessoas muito mal”.
Ele acrescentou que não haveria mais dinheiro para a África do Sul até o resultado de uma investigação completa sobre as políticas do país.
As alegações infundadas de Trump pareciam estar relacionadas a um projecto de lei sancionado por Ramaphosa no mês passado.
A Lei de Expropriação tornará mais fácil para o estado confiscar terras no interesse público, em alguns casos sem compensação.
O presidente da África do Sul respondeu dizendo que nenhuma desapropriação ocorreu e que a nova lei visa garantir acesso equitativo à terra.
De acordo com especulações de alguns analistas, Musk deve estar desagradado por conta do seu serviço de internet Starlink que ainda não garantiu uma licença para operar no país africano.
A África do Sul exige que as empresas internacionais tenham 30% de propriedade de grupos locais anteriormente desfavorecidos.