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Eleições no Senegal adiadas para 15 de Dezembro
As eleições presidenciais no Senegal que deveriam ocorrer este mês foram adiadas para 15 Dezembro, após aprovação, quase por unanimidade, esta segunda-feira, 05, do projecto de lei, com 105 votos a favor e um contra, depois dos deputados da oposição terem sido retirados à força do hemiciclo.
A medida sem precedentes que suscitou preocupação internacional num país visto como um farol de estabilidade na África Ocidental, abre o caminho para que o Presidente Macky Sall permaneça no cargo até a tomada de posse de seu sucessor, apesar da preocupação crescente com a erosão da democracia.
A tensão se instalou no Senegal desde o passado sábado, quando Sall anunciou um adiamento da votação de 25 de Fevereiro, poucas horas antes do início oficial da campanha.
Na sequência, protestos violentos abalaram a capital, Dacar, com dois candidatos da oposição, incluindo a antiga primeira-ministra Aminata Touré, detidos e posteriormente libertados.
Ontem, o Governo senegalês chegou a suspender o acesso à Internet móvel, alegando a propagação de “mensagens odiosas e subversivas” nas redes sociais.
Entretanto, a oposição suspeita que o adiamento faz parte de um “plano presidencial” para evitar uma derrota, ou mesmo para prolongar o mandato de Sall, apesar deste ter dito que não se candidataria à reeleição.
Sall designou o primeiro-ministro Amadou Ba como seu sucessor. No entanto, com o partido no poder dividido quanto à sua candidatura, Sall enfrentaria uma possível derrota nas urnas.
No sábado, Macky Sall justificou o adiamento da votação devido a um diferendo entre a Assembleia Nacional e o Conselho Constitucional sobre a eleição de candidatos.
Com agências internacionais
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