África
Egipto pede partilha de responsabilidades para enfrentar fluxos migratórios
No Egipto, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Badr Abdelaty, pediu hoje “partilha de responsabilidades” para lidar com o fluxo de migrantes do norte e leste de África, numa altura em que as guerras na região provocaram deslocações em massa.
Badr Abdelaty disse durante a abertura da segunda reunião do Processo de Cartum, um fórum sobre migração entre a União Europeia (UE) e a União Africana (UA), a decorrer no Egipto, que “o país continua a defender a importância da cooperação internacional, bem como a responsabilidade e a partilha de responsabilidades”.
O governante egípcio sublinhou que a migração deve ser abordada colectivamente, pelo que apelou ao “apoio internacional para reforçar as capacidades dos países em desenvolvimento e abordar as desigualdades económicas” das nações africanas.
Dados apontam que desde o início da guerra no Sudão, em Abril de 2023, mais de 12,5 milhões de pessoas foram forçadas a fugir das suas casas, e quase quatro milhões procuraram refúgio em países vizinhos, como o Egipto, que acolhe cerca de 1,5 milhões de refugiados sudaneses.
O país acolheu também dezenas de milhares de palestinianos da Faixa de Gaza e, na última década, foi o ponto de chegada de milhões de pessoas que fugiam das guerras na Síria, no Iémen e em vários países africanos.