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Opinião

A educação no centro da política nas eleições de 23 Agosto

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Na semana passada, estive numa conferencia debate organizada pelo MEA (Movimentos dos Estudantes Angolanos). Foi interessante organizar esta conferencia nesta fase da campanha eleitoral. Também estiveram presente Nelito Ekuikui da UNITA e Bonavena da CASA-CE. Foi interessante porque, a educação vai estar no centro da política nos próximos dias, e vai estar no centro da escolha política nas próximas eleições. Por isso, acho pertinente a sua discussão.

A educação é fundamental em primeiro lugar para formar bons cidadãos. Não há democracia, nem República sem cidadãos esclarecidos, sem a educação. E mais educação significa melhor cidadania. Em segundo lugar, não há sucesso económico sem qualificação.

A educação não é apenas importante para se saber mais, para se ter mais autonomia, e isso já de si seria razões mais do que suficiente. Mas, a verdade é que não há desenvolvimento económico sem uma boa educação. Hoje a moderna economia é a economia do conhecimento, está ligada a massa cinzenta, ao saber. O activo mais importante de um país são os seu cidadãos.

As diferentes formações politicas podem estar em desacordo em muitos pontos, mas, em um ponto todos estão de acordo. Não há sucesso económico sem uma boa educação, não haverá sucesso económico sem aumentar a qualificação em todos os níveis de ensino. E normalmente os partidos que tem como ideologia a social democracia ou o socialismo democrático, como é o casso do MPLA por exemplo, apostam na educação e na escola pública, por uma outra razão, pela ambição na igualidade de oportunidade.

Para que a nossa educação atinja o nível que todos desejamos, precisamos corrigir os erros do passado. Apesar das reformas feitas no passado, investiu se mais no betão. Isto é, na construção das escolas,e isso tem a ver com as prioridades. Mas, agora é preciso a aposta na qualidade.

Por exemplo o MPLA no seu programa, demostra que conhece o problema, e penso eu que apresenta propostas coerentes para as resolver.

Em 2002 o país tinha 2.565.542 alunos e 2016, o país tem 9.000.000 de alunos. Aumento de cerca de 72%.

Ensino Superior: 2002 o país tinha 13.861 e 2016, o país tem 286.000. Aumento de cerca de 95%.

Hoje o país tem 7 universidades públicas e 19 Institutos autónomas. 22 Instituto de ensino superior privados, sendo 12 institutos.

Por exemplo, no seu programa do Governo, MPLA apontas as seguintes metas para o sector da Educação e Ensino:

  1. Atingir uma taxa de alfabetização de pelo menos 80% da população;
  2. Elaborar e implementar um Programa Nacional de Formação de Professores, devendo para o efeito encontrar a parceria internacional mais apropriada;
  • Ampliar o número de salas de aula e recrutar e colocar professores com o perfil científico, técnico e pedagógico adequado para:
  1. No ensino primário atender pelo menos 95% das crianças em idade escolar;
  2. No ensino secundário alcançar uma taxa de escolarização de 60%;
  3. Baixar o rácio aluno/professor para 35 alunos na classe de iniciação e 45 no ensino primário e secundário em pelo menos 85% das escolas do país;
  • Reduzir as taxas de reprovação e desistências nos ensinos primário e secundário a 10%;
  • Ampliar a distribuição da merenda escolar. Em particular envidar esforços para atender 70% dos alunos da classe de iniciação e do ensino primário no meio rural;
  1. Capacitar inspectores e supervisores pedagógicos e dotá-los dos meios necessários para incrementar em 90% as acções de 
monitorização e apoio às escolas e professores.
  2. Aumentar a população estudantil do ensino superior dos actuais 200 mil para 300 mil estudantes;
  3. Enviar anualmente no mínimo 300 licenciados para as melhores Universidades do mundo;
  • Assegurar a oferta anual de pelo menos 6 mil bolsas de estudo internas destinadas a formação graduada no país.

Por isso, Para que a nossa educação atinja o nível que todos nos desejamos e estar no ranking do melhor ensino que se pratica no continente África e mundo, precisamos melhorar o que está bem e corrigir o que está mal.




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