Educação Financeira: empréstimos com juros agiotas

No seu emprego, na sua rua, na sua igreja, entre amigos já ouviu ou não alguém desesperado(a) por contas por pagar e há sempre alguém que conhece alguém que empresta dinheiro a juros. Certo?

Essa pessoa aparece meio em segredo e pergunta quanto precisa. Quem está com a “corda na garganta” diz que precisa de um empréstimo e pergunta quais as condições. De seguida fica a saber que o juro é de 50 % ao mês, ficando com a garantia o cartão Multicaixa da pessoa, com o PIN (código de acesso para movimentação da conta do cartão) e o Bilhete de Identidade (vulgo “Bilhete”). Claro que antes, quem empresta quer saber quem o(a) procurou trabalha e aonde e o seu rendimento. Havendo “negócio”, começa o “Calvário” para o devedor em reembolsar/devolver o dinheiro a quem emprestou… e já sabe, se não pagar o acordado, os juros são crescentes.

Viver de empréstimos para fins que não geram resultados como férias, mini-férias, fins-de-semana, prendas; adiantamentos de salários, crédito obtido na informalidade como apresento no primeiro parágrafo, é o caminho quase certo para o abismo”.

Se você está a pagar empréstimos com novos empréstimos, você está em alto risco de falência, de ser perseguido pelo credor, de apanhar doenças psicológicas, cardíacas, de ficar separado/divorciado. A seguir pode apanhar depressões profundas e no limite, ter uma trombose/Acidente Vascular Cerebral (AVC), a morte.

Ainda tem tempo para mudar o ciclo viciosa das dívidas. Não fuja de quem deve, apresente-se e prepare-se para apresentar um plano viável de liquidar a ou as suas dívidas. Conheça de facto como pode ganhar mais dinheiro e cortar no que é secundário, como por exemplo, cortar nos vícios: bebidas, drogas, jogo, mulheres, etc. Corte mesmo ou a vida vai cortar por si.

A dívida não mata, mas fugir de quem deve e das makas e malambas de ser “bilingueiro(a)” (devedor(a)) sem solução, mata.

Artigo n.º 194