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Economia

INE: Economia angolana cresceu 4,3 por cento

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O Produto Interno Bruto (PIB) angolano cresceu 4,3 por cento na passagem do IV trimestre do ano passado para o primeiro trimestre deste ano, de acordo com os dados mais recentes publicados em relatório tornado público pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), na semana finda.

Comparado com o período homólogo de 2021, a riqueza produzida no país durante o período cresceu 2,6 por cento, assim como o  acumulado dos primeiros três meses. Os dados estão em linha com as previsões do ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, que espera,  este ano,  um crescimento de 2,7 por cento, com a economia não petrolífera mais uma vez a desempenhar o papel de liderança.

O INE avaliou,  também, o valor acrescentado (diferença entre o valor da produção total obtida ao longo dum mesmo período e o valor total dos consumos intermédios absorvidos pelo processo corrente de produção) nos sectores que mais contribuíram para a evolução do Produto Interno Bruto.

O Valor Acrescentado Bruto da Agro-pecuária teve um crescimento de 3 por cento, no I trimestre de 2022, contribuindo positivamente em 0,15 pontos percentuais na variação total do PIB. A evolução deveu-se, segundo o INE, ao aumento da produção das culturas agrícolas, bem como a pecuária como consequência do objectivo de fomentar a produção interna e concretizar a política de diversificação económica.

O sector das Pescas, que teve um aumento de 5,4 por cento, no I trimestre de 2022 em relação ao trimestre homólogo, contribuindo positivamente em 0,18 pontos percentuais, na variação total de toda a riqueza produzida durante o período. O crescimento é explicado pelo “ligeiro aumento” da captura no período em referência.

Outro sector analisado é o do Petróleo, que teve um crescimento de 1,9 por cento e uma contribuição de 0,47 pontos percentuais. O crescimento, segundo o INE, foi motivado por vários factores, entre eles a procura da Europa e da índia devido à normalização paulatina do modo de viver das pessoas, tentativas de golpe de Estado no Cazaquistão associada à redução da quantidade produzida pela Líbia. Todos estes factores, adianta o boletim, impulsionaram o aumento da procura do petróleo na África ocidental, incluindo as ramas angolanas.

A Indústria Transformadora contribuiu com 0,07 pontos percentuais para a evolução do PIB, mercê do crescimento de 2 por cento, no I trimestre de 2022 em relação ao trimestre homólogo, devido à variação positiva da produção no ramo alimentar, particularmente no sector das Moageiras, Massas e Produtos de Padaria na ordem dos 11 por cento e pelo facto de representar mais de 60 por cento no total dos sectores industriais.

O sector dos Transportes teve um crescimento de 31,3 por cento, contribuindo positivamente em 0,71 pontos percentuais na variação total do PIB. O aumento deveu-se, segundo o Boletim do INE, “ao crescimento exponencial no subsector aéreo, fruto de aumento de frequências de voos, consubstanciado ao alívio total das medidas de combate à Covid-19”. Outro factor que explica a evolução do sector é a entrada em funcionamento de novas operadoras, no serviço de transporte ur-bano em Luanda.

Já as Telecomunicações tiveram um aumento de 2,4 por cento, fruto do aumento da produção das Unidades Tarifárias de Telecomunicações (UTT) motivadas pela subida do consumo dos serviços de comunicações, bem como o ensaio e preparativos da nova companhia Africell no mercado interno.

O Instituto Nacional de Estatística refere-se, igualmente, ao Valor Acrescentado Bruto do Governo que teve uma subida de 7,2 por cento no I trimestre de 2022, em relação ao trimestre homólogo, contribuindo positivamente em 0,58 pontos percentuais na variação total do PIB. A subida desta actividade deve-se, segundo o Boletim do INE, pelo facto de o sector público incrementar o valor da remuneração declarada face ao período homólogo bem como as actualizações, promoções faseadas das distintas categorias e ingresso de novos funcionários em alguns aparelhos do Estado.




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