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Economia

Economia angolana com crescimento negativo de 1% nos últimos quatro anos

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O ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, disse hoje, em Luanda, que a economia angolana registou, entre 2015 e 2019 um crescimento anual negativo em cerca de 1%, com excepção de 2015, ano que “o país registou um crescimento pálido de 0,9%”.

Em termos de gastos, Manuel Nunes Júnior disse que o país registou uma queda anual de mais de cinco mil milhões de dólares, ao passo que o preço do barril de petróleo no mercado internacional baixou para uma média anual de 57 dólares.

O governante, que falava durante a abertura do primeiro conselho consultivo do Ministério da Indústria e Comércio, referiu que nos 11 anos anteriores, de 2003 à 2014, o crescimento médio anual foi de 8%. Manuel Nunes Júnior referiu ainda que o crescimento médio registado de 12,54% de 2004 à 2008 colocaram o país na lista dos países cujas economias tiveram mais crescimentos, naquele período.

Para o ministro de Estado a “mudança tão radical na trajectória de crescimento de Angola” deveu-se a investimentos públicos “e não por uma economia baseada num sector privado forte, empreendedor e competitivo”. Um investimento que custou ao Estado angolano nove mil milhões de dólares com recursos do sector petrolífero, numa altura em que o barril do Petróleo chegou a ser quotado anualmente a 102 dólares de 2010 a 2014.

Manuel Nunes Júnior avançou ainda que o governo angolano está engajado na retirada da dependência do sector petrolífero, pois a oscilação do preço do crude no mercado internacional tem fragilizado a estrutura de crescimento da economia angolana. Um paradigma que se pretende ver alterado no sentido de munir o sector privado, o não petrolífero com um papel mais activo no desempenho da economia e diminuir o peso do petróleo no produto interno bruto de Angola.

“Só deste modo poderemos ter no país uma economia que consiga exibir níveis de crescimento sustentados ao longo do tempo e baseados em critérios de competitividade e de eficiência”, entende, tendo acrescentado ainda que o executivo angolano tem estado a adoptar medidas de natureza orçamental e fiscal para alterar o paradigma e atrair mais investimento. O objectivo, segundo referiu o Ministro de Estada para a Coordenação Económica, é de permitir ao “país sair de deficits sucessivos desde 2016”.




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