Mundo
“É muito difícil encontrar-se uma solução pacífica no conflito entre Israel e Hamas”
O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, iniciou hoje em Israel uma série de contactos para tentar um cessar-fogo em Gaza, esforços que serão continuados na terça-feira no Egipto, anunciou hoje a Secretaria de Estado.
Segundo o porta-voz da Secretaria de Estado dos Estados Unidos da América (EUA), Vedant Patel, citado pela Lusa, Antony Blinken vai reunir-se na segunda-feira com responsáveis israelitas e, na terça-feira, seguirá para o Egipto numa tentativa de fazer avançar as negociações para um cessar-fogo em Gaza, esforços que incluem a tentativa de libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinianos.
O secretário de Estado vai encontrar-se com responsáveis do Egipto, país que recebe esta semana a continuação das negociações suspensas na sexta-feira à noite em Doha.
Os EUA, o Qatar e o Egipto são os países mediadores entre Israel e o movimento palestiniano Hamas, em guerra aberta na Faixa de Gaza desde 7 de Outubro.
No último sábado, o presidente João Lourenço condenou o que chamou de genocídio que se regista na Faixa de Gaza e um cessar-fogo no Sudão.
Para o especialista em relações internacionais, Crisóstomo Chipilica, “é muito difícil encontrar-se uma solução pacífica no conflito entre Israel e Hamas”.
O especialista entende que os Estados Unidos têm tido um papel de contraceno no conflito: mediação e apoio.
No último sábado, o presidente João Lourenço defendeu a criação e reconhecimento do Estado da Palestina como caminho para o fim do conflito na região e condenou o que chamou de “genocídio” que se regista em Gaza.
“Defendemos a necessidade de se negociar a paz para se pôr fim à guerra, haver a libertação dos reféns israelitas e prisioneiros palestinos, libertar os territórios ocupados e estabelecer-se o Estado da Palestina, preconizado pelas Nações Unidas como a única solução definitiva para este conflito que, com altos e baixos, se arrasta há décadas desde os anos cinquenta do século passado”.
Em relação a esta solução apresentada pelo presidente João Lourenço, Crisóstomo Chipilica entende ser o ideal, mas questiona-se, uma vez que, há vários territórios da Palestina ocupados.