Politica
É hora da “juventude se erguer” na UNITA – José Pedro Kachiungo
O deputado José Pedro Kachiungo, que hoje formalizou a candidatura à liderança da UNITA, afirmou que o principal partido da oposição em Angola tem de se preparar para novos desafios e que é a hora da “juventude se erguer”.
Após a entrega da candidatura à comissão de mandatos do XIII Congresso Ordinário da UNITA, de onde sairá o sucessor do actual presidente, Isaías Samakuva, Kachiungo mostrou-se “orgulhoso” por pertencer a um projeto fundado por Jonas Savimbi e liderado por “Samakuva num tempo conturbado”.
Para o candidato, o partido “tem de fazer face aos novos desafios do país”.
O objetivo da candidatura passa por, respeitando “a cultura da UNITA“, injetar no partido e no país “uma visão jovem” de uma “juventude lúcida e determinada, para, juntos e coesos” fazer do país o sonho de Agostinho Neto, Jonas Savimbi, Holden Roberto e de “todos os patriotas que sentem que o rumo que Angola está a seguir não é o rumo que Angola deve seguir”, proclamou o dirigente do “Galo Negro”.
O também primeiro vice-presidente do grupo parlamentar da UNITA diz que “a juventude é chamada a aplicar a sua inteligência” com humildade e determinação e afirmou que sente “orgulho” por ver a UNITA “colher os frutos da sua própria escola”.
Recordou ainda a sua derrota contra Samakuva, nas anteriores eleições de 2011, evocando uma nota que lhe foi endereçada por Savimbi em 1989 e considerando essa “lição” como uma antecipação do que viria a seguir.
“Em 2011, a minha candidatura não era para ganhar o congresso, eu nem estava contra a forma como o Dr. Samakuva estava a dirigir o partido. Eu dei um passo em frente para apoiá-lo, para me afirmar no partido e para me antecipar aos acontecimentos porque eu sabia que havia de chegar a hora da juventude se erguer”, sublinhou.
O candidato acrescentou que Samakuva trabalhou no sentido de dar “visibilidade” à juventude e que a “transição geracional é obra dele”, pelo que “a juventude tem de dar um passo em frente”.
Kachiungo destacou que quer defender a UNITA num patamar diferente, já não partidário, mas nacional e “fazer com que as ideias vinguem”.
“Estamos aqui para unir para a ação e, com a ação, termos a vitória. Mas não vai ser a vitória da UNITA, vai ser a vitória dos angolanos”, realçou o candidato à liderança da UNITA.
C/ LUSA