Duas irmãs morrem afogadas num tanque em Benguela

Segundo familiares, o incidente aconteceu quando uma das crianças, na tentativa de retirar água, se teria desequilibrado e caído no reservatório.

Na tentativa de a salvar, a segunda menina teria utilizado uma escada para entrar no tanque, mas acabaria também por cair e ambas morreram afogadas, de acordo com os relatos.

Ao falar aos jornalistas, Joaquim Rangel, pai das meninas, conta que no momento do incidente as crianças estavam sozinhas em casa e que a ausência dos pais se deveu a estarem num óbito do avô das vítimas.

Acrescentou que ao chegar a casa, deu-se conta do desaparecimento das meninas. Desesperado, juntamente com a mãe, chegou a pedir a ajuda para os vizinhos e familiares.

“Entrámos em casa e tudo estava silêncio (…) Fomos à catequese e depois a casa da prima”, frisou, claramente desesperado por ter perdido as suas únicas filhas, poucos dias depois da morte do seu pai.

Reagindo ao incidente que esta segunda-feira chocou a sociedade em Benguela, o segundo comandante provincial dos Bombeiros, Jorge David, defendeu a abertura de uma investigação para apurar o caso, que considera raro.

Aproveitou ainda a oportunidade para apelar os pais que fiquem atentos com os seus filhos e evitem deixá-los sozinhos em casa, para que uma fatalidade como esta não aconteça.

Devido a problemas no fornecimento de água canalizada, em muitas localidades do país há o costume de as famílias construírem tanques subterrâneos nos quintais de suas casas para reservar água, situação que, em alguns casos, resulta em mortes de crianças por afogamento.