País
Doze milhões de angolanos podem ficar sem estudar caso se cobre propinas nas Universidades públicas
Doze milhões de angolanos podem ficar fora do sistema de ensino caso o governo avance com o novo modelo de comparticipação financeira nas escolas públicas.
A informação foi avançada pelo Presidente da Associação dos Estudantes da Universidade Agostinho Neto, Hilário Cassule, que disse que, 12 milhões de angolanos podem ficar fora do sistema de ensino caso se cobre propinas. A informação foi prestada durante o encontro de auscultação entre a Comissão de Educação, Ensino Superior, Ciência e Tecnologia, da Assembleia Nacional e os parceiros sociais.
Para além de comparticipação financeira nas escolas públicas, foram abordados no encontro com os parceiros sociais, a premente problemática da monodocência encarada por uma parte como o verdadeiro obstáculo na busca da melhoria da qualidade de ensino no país.
Victor Barbosa, da Rede de Educação para Todos, defende uma cobertura com professores em todas as localidades do país e a pronta regulamentação das escolas com condições para pessoas especiais.
Alguns parceiros sociais defendem que as políticas públicas destinadas a educação e ao ensino não são recomendáveis para a nossa realidade.
Das contribuições apresentadas pelos parceiros sociais estão o pedido de autonomia das escolas públicas e privadas, introdução do plano curricular na lei em discussão, anulação da transição automática, autonomia administrativa e pedagógica.
O ensino especial não esteve a margem das discussões, Lídia Ossi, professora deste sistema de ensino, apelou o regresso urgente da formação para professores nesta área do saber.