Editorial
Do virtual ao físico um imperativo do nosso tempo
O Correio da Kianda enquanto órgão de Comunicação Social, na especialidade de “media online” é, desde logo, um meio de comunicação que funciona com recursos electrónicos para que o usuário final tenha acesso aos seus conteúdos, de texto e outros, tratados em tempo real, como dispõe a própria Lei de Imprensa, em vigor no País.
Apesar desta especialidade e não havendo nenhum elemento de impedimento para que possamos oferecer o serviço público nesta via, examinando o valor noticioso da efeméride, VI Congresso dos “Camaradas” eis que decidimos romper com o nosso quotidiano – on-line- para dar lugar a esta edição especial.
Funda-se, nesta decisão, uma justificativa: – O MPLA e a sua transição política!
Isso mesmo… Para quem, tal como nós, nasceu na década de 80 e tem no sangue por esta ou aquela via, voluntaria ou involuntariamente, o “aroma” do maioritário, não pode, de forma alguma, deixar passar na desportiva um momento destes que, como sabemos, tem reflexos perspicazes e consideráveis na vida actual e futura dos cidadãos.
Dito de outro modo, a transição política no seio dos camaradas aglutina uma serie de situações indissociáveis à vida do cidadão, no geral. Aliás, como sabemos, o País é governado, e será assim nos próximos anos, pelo MPLA, fruto da sua vitória no pleito eleitoral de 2017, o que, desde logo, demonstra que a vida interna daquela força política envolve, também, a de todo e qualquer cidadão que esteja em Angola, independentemente dos motivos.
O seu valor, a sua força, enquanto maioritário, baseada nos números eleitorais apresentados na última disputa política e a forma como o dirigismo presidencial vai mudar de mãos – de José Eduardo dos Santos para João Lourenço – leva-nos a uma transformação inédita, no País, e nós, de igual forma, queremos seguir esse ineditismo no virar da nossa página, quer em termos do formato quer de conteúdos.
Queremos seguir porque embora reconheçamos que o nosso alcance não é dependente da edição física urge produzir uma edição cujo valor documental possa transcender simples leituras. Transcender porque pretendemos que os meandros deste congresso, pelo menos aqueles que pelo seu valor noticioso foram seleccionados por nós, fiquem nos acervos físicos documentais dos nossos leitores, tendo em atenção a sua facilidade no que ao manuseamento diz respeito.
Para além disso, sabemos, igualmente, que o número de utilizadores da internet em Angola é bastante diminuto, se considerarmos os dados oficiais fornecidos pelo Censo Geral que teve lugar no período oficial de 16 a 31 de Maio, realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Do mesmo destacam-se números referentes ao caso, nomeadamente, utilizadores de telemóveis, 7.803.810, acesso a internet, 2.119.946 e acesso ao computador, com 2.060.989 habitantes com cinco ou mais anos de idade. Do ponto de vista percentual, apenas 10% da população angolana, usa internet, o que, em nosso entender, justifica, claramente, a aposta na inversão do formato já que a nossa pretensão é sermos lidos por mais angolanos, em função da popularidade e importância do MPLA.
Esperamos, por isso, que os nossos fieis leitores, os primários, aproveitem-nos no sentido de que a informação, na generalidade, em particular a que produzimos neste especial sirva de uma fonte de consulta permanente.
É esta a forma que encontramos para dar mais valor no próprio conclave que, como dissemos, consagra uma nova era no MPLA e, por conseguinte, na gestão da coisa pública que por situações óbvias está intimamente ligada a organização interna do MPLA.