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“Divisão administrativa do país não trará melhorias para a população”, diz ONG

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Continua o debate sobre a divisão de Luanda em duas províncias. A proposta é do MPLA, partido no poder, que orientou, na semana passada o seu grupo parlamentar para debater o assunto no âmbito do processo de Divisão Política e Administrativa do país.

O Correio da Kianda sabe que esta proposta vai a consulta pública. Entretanto, são várias as vozes que não veem necessidade de Luanda ser dividida em duas províncias.

Denílson Duro, especialista em gestão e administração pública também entende que não “seria viável uma divisão”. Para o perito, os problemas de Luanda podem ser resolvidos sem que haja a anunciada divisão.

E no âmbito da discussão da divisão administrativa do país, o presidente da Associação Justiça, Paz e Democracia, Serra Bango, disse que a criação de mais uma província, resultante da divisão de Luanda, não trará melhorias para a população.

Serra Bango, que falava em entrevista a Rádio France Internacional referiu que, o que resolve o problema das populações é a oferta de emprego, soluções para o fornecimento de água, energia e para o problema da mobilidade.

O presidente da AJPD fala, igualmente, de “um desnorte do MPLA, sublinhado que é mais uma medida para o partido se eternizar no poder”.

Serra Bango entende que, se esta recomendação pretende dar resposta mais eficaz à população, dadas as dimensões da actual província de Luanda, então para isso teriam que dividir todas as províncias, uma vez que os problemas são os mesmos.

Sobre a proposta de divisão da capital Luanda em duas províncias, presidente da AJPD entende que a mesma não trará melhorias para a população.

Escute o debate no Jornal da Rádio Correio da Kianda

Já na última sexta-feira, o secretário Nacional de Comunicação e Marketing da UNITA, Evaldo Evangelista disse que a nova divisão de Luanda em duas províncias revela que “o MPLA não está alinhado com o dia-a-dia dos cidadãos, Evaldo disse também que, “a melhor via de responder os problemas dos cidadãos é a implementação das autarquias”.

Para o engenheiro Aleixo Sobrinho, do Instituto de Desenvolvimento e Democracia, “a divisão de Luanda interessa apenas ao MPLA, por causa da derrota que este partido teve em Luanda, nas últimas eleições gerais”.

Lembrar que em Fevereiro, o Parlamento aprovou na generalidade a criação de mais duas províncias e 161 municípios novos, com votos do MPLA a favor e contra da UNITA.

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