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Dirigente da JURA ingressa no MPLA

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José Daniel Américo Kissongo, até então secretário nacional para os Assuntos Institucionais e Académicos da JURA e membro da Comissão Política da UNITA, abandonou o partido liderado por Isaías Samakuva e anunciou ontem, em conferência de imprensa decorrida em Luanda, o seu ingresso no MPLA, formação política que quer ajudar a crescer ainda mais.

No acto decorrido no Centro de Imprensa Aníbal de Melo, Américo Kissongo, 35 anos, fez-se acompanhar de Rafael Fernandes Tchinguli, secretário provincial adjunto de Luanda para a Mobilização, Cultura e Desportos da JURA, até ao ano 2008.
Américo Kissongo, 35 anos, e Rafael Tchinguli, 48, justificaram a sua dissidência com supostas práticas tribais e problemas de gestão no seio da UNITA. “A liderança do presidente Samakuva não deu sinais de boa gestão. Conseguimos constatar que existem muitas debilidades na gestão financeira, do património e dos recursos humanos. Como exemplo, hoje podemos ver que a maior parte das estruturas da UNITA está confinada em Viana, quando antes de 2002 havia muitas instalações do partido no centro da cidade”, denunciou.

Samakuva, disse, foi autorizando a venda dos imóveis com o argumento de que seriam comprados outros e com melhor qualidade. “Lamentavelmente, constatamos que os imóveis não foram comprados e o dinheiro não foi para os cofres do partido”, afirmou o jovem político, para mais adiante concluir que a UNITA não está em condições de governar o país. Américo Kissongo disse que ele e o seu companheiro Rafael são “progressistas e não saudosistas”, e por isso decidiram aderir ao MPLA. Justificou que a decisão só foi tomada agora porque o ingresso no partido no poder não dependeu apenas da sua vontade.
“As questões que os jornalistas nos colocaram aqui também foram-nos feitas pelos camaradas que nos receberam, que questionavam: ‘será que estes jovens vieram mesmo para ficar?’”, contou o político, admitindo que outros factores, como familiares, também estiveram na base do atraso na entrada para o MPLA. Kissongo, natural do Cazenga, Luanda, acredita que, nos próximos tempos, mais militantes da UNITA vão ingressar no MPLA. Por sua vez, Rafael Tchiunguli, natural do Luena, província do Moxico, acusou a UNITA de ser um partido tribal. “A UNITA de Savimbi é a mesma de Samakuva. Não mudou nada! Se você é do Moxico ou do Huambo, por exemplo, não podes ir mais além”, justificou. Kissongo corroborou da acusação de Rafael, afirmando que os poucos cidadãos oriundos do norte do país, que se encontram na direcção do partido estão lá de forma figurativa porque, na prática, não tomam decisões.
Tchinguli considerou que o “Projecto Muangai” está ultrapassado e defendeu que a UNITA reestruture os seus estatutos. Para o político, exceptuando o MPLA, nenhum outro partido está em condições de governar o país.

Fonte: Jornal de Angola

 




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