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Economia

Diplomata francês preocupado com desequilíbrio na balança comercial com Angola

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O embaixador da República Francesa em Angola, Daniel Vosgien, mostrou-se preocupado com o desequilíbrio que se verifica na balança comercial entre os dois países, com destaque para o facto de Angola exportar para a França, um volume anual estimado em 250 milhões de euros, quando no sentido inverso, as exportações de França estão avaliadas em 400 milhões de euros.

A preocupação foi demonstrada nesta quinta-feira, em Luanda, durante a reunião que o embaixador francês manteve com o Ministro da Indústria e Comércio, Victor Fernandes, durante a qual referiu que as importações francesas para Angola são 250 milhões de Euros, ao passo que as importações estão acima dos 400 milhões de euros.

O representante de Macron em Angola considerou a diferença como sendo “um défice estrutural e normal”, na relação comercial entre os dois países, tendo por outro lado, destacado a “posição Forte” da França em Angola, com mais 70 empresas e filiais nos diversos sectores de actividades económicas, e que “contribuem com mais de 10 mil empregos” para angolanos, constituindo-se, segundo Daniel Vosgien, como “estratégicas” para as relações bilaterais em todos os domínios.

Outra preocupação do diplomata francês são as altas taxas aduaneiras praticadas por Angola. Daniel Vosgie sugere o desagravamento das taxas nos produtos não produzidos localmente e que o país depende das importações, no sentido de motivar os investidores estrangeiros.

O embaixador da França em Angola disse, nesta quinta-feira, que o seu governo pretende reforçar os laços de cooperação bilateral entre os dois países, em todos os domínios, tendo destacado as “boas condições” para a atracção do investimento francês em Angola.

Melhorias do comercio bilateral, as expectativas de Angola na integração regional do mercado da SADC e da Zona de Livre Comercio Continental, foram também abordados no encontro desta quinta-feira.

O ministro da Indústria e Comércio, Victor Fernandes, disse que é pretensão dos dois governos em melhorar a balançar comercial, tendo explicado que as exportações de Angola para a França, é essencialmente do sector petrolífero, pelo que, para breve está prevista a exportações de outros produtores, fora do sector petrolífero.

Sobre as taxas aduaneiras, Victor Fernandes disse ser um assunto que vai merecer análise do governo Angolano, com vista a incentivar o investimento estrangeiro. Mas explicou que a intenção de Angola é o aumento da produção nacional “e o aumento da produção nacional faz-se com o incentivo à produção no nosso território”.

Por esta razão o ministro convidou, na ocasião, os empresários franceses a olhar para Angola como um mercado para investir, principalmente no agro-negócio, agro-indústria e da logística, pois, o país tem todas as potencialidades, estratégias e condicionalismos “criados para o efeito e gostávamos ter na França um parceiro muito importante para o investimento directo estrangeiro em Angola”.

O encontro entre o embaixador Francês e o ministro da Indústria e Comércio foi a primeira actividade desde a chegada ao País do diplomata francês, desde a sua recente chegada a Luanda e visou reforçar as relações e o comércio bilateral, bem como na formação técnica de Angolanos