Ligar-se a nós

Sociedade

Dificuldades financeiras obriga familias a escamar peixe na praia de Cacuaco em troca de 100 Kwanzas

Publicado

em

Conhecida como a zona do Mundial, localizada na berma da Praia de Cacuaco, o local, transformou-se num lugar, onde as pequenas embarcações carregadas de peixe capturado à madrugada, dão vida a várias familias.

É logo pela manhã, que ao fazerem-se à beira-mar, as pequenas embarcacões, também conhecidas por “ Chatas”, vindas do mar, são imediatamente rodeadas por várias pessoas, entre peixeiras que compram o peixe nos pequenos barcos , e posteriormente revendem o pescado, e por outras, que optam em comprar directamente o peixe nas mãos dos pescadores.

Se por um lado, há os que dirigem-se para aquele local na compra do pescado para o consumo doméstico e outros para revender, há também, os que deslocam-se ao mundial, para uma outra missão, que é, o de escamar peixe. Uma outra forma encontrada por várias familias, para fazer negócio, obter lucros, e sustentar os filhos.

São, na sua maioria compradores domésticos, que após adquirir o peixe , recorrem ao serviço das senhoras que escamam para puder garantir a conservação antes de chegar a casa para o consumo imediato.

Em troca de cem kwanzas, as senhoras que arranjam o peixe na orla da praia de Cacuaco, na conhecida zona do Mundial, em conversa com a equipa de Reportagem do Correio da Kianda, contam, que tem sido atravês deste serviço, que têm sustentado as suas familias, apesar de não serem todos os dias santos.

“ Eu tenho cinco filhos, e o meu marido como me deixou, por não ter o que fazer, por isso é que venho aqui muito cedo para encontrar clientes que querem escamar o peixe. É assim que tem sido o meu dia-a-dia, e graças a Deus tem sido um serviço onde um quinhentos kwanzas por dia não me falta. Conta, Dona rosalina.




© 2017 - 2022 Todos os direitos reservados a Correio Kianda. | Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem prévia autorização.
Ficha Técnica - Estatuto Editorial RGPD