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Diamantes: Empresas angolanas assinam contratos estratégicos na Indaba Mining

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As empresas angolanas de diamantes assinaram, nesta quinta-feira, na cidade do Cabo, ÁFRICA DO Sul, contratos de parceria para o desenvolvimento da actividade mineira.

Tratam-se da ENDIAMA, SODIAM e CATOCA, principais empresas angolanas do subsector diamantífero, que rubricaram contratos na conferência internacional sobre recursos minerais denominado Indaba Mining, que terminou nesta quinta-feira, depois de três dias de intensos trabalhos

Segundo os responsáveis dessas empresas, os últimos dias da Conferência Internacional sobre Mineiração em África, decorrida de 9 a 12 na Cidade do Cabo, serviram para firmar contratos para a transferência de tecnologia, conhecimento e aquisição de equipamentos.

Ao proceder ao balanço, o director da Geologia da ENDIAMA, Mubuabua Yambissa, disse que a empresa conseguiu vender dois grandes projectos com potencial geológico aceitável.

Trata-se do projecto Mukuamba, localizado na província da Lunda Sul, vendido aos investidores canadianos e sul-africanos, e do Chitondo, instalado na província do Huambo e que “apresenta um nível de conhecimento primário e kimberlitos com algumas anomalias”.

“São projectos que vão precisar de um trabalho de prospeção muito profundo”, afirmou Mubuabua Yambissa, sublinhando que os investidores para os aludidos projectos deverão ser sérios e comprometidos.

Disse que a venda dos referidos projectos constitui um marco no processo que visa colocar o país como o terceiro maior produtor de diamantes no mundo, uma vez que o futuro internacional desse mineiro está em Angola.

Já o director-geral da Catoca, Benedito Manuel, identificou na Indaba Mining alternativas para os problemas da cadeia de fornecimento dos insumos para a produção do nitrato de amônio, composto essencial para as detonações que originam o mineiro.

“Conseguimos identificar o segmento de gestão integrada das operações mineiras, geologia de produção e ambiente, importante mecanismo para a eficiência da empresa”, assegurou.

Quem “fechou pareceria estratégicas” foi o director-geral da ENDIAMA Mining, Pedro Galiano, que, como disse, facilitará a aquisição de  equipamentos, softwares, lavarias de remoção de terras e extracção mineira.

Sobre a flutuação dos preços no mercado internacional, lamentou que tiveram “uma retracção dos preços na ordem dos 25 a 30 por cento, mas hoje há uma certa estabilidade”.

Face à estabilidade dos preços, a ENDIAMA Mining pensa produzir, nos próximos dias, 20 mil kilates de diamantes que são 90 por cento jóias raras a nível mundial.

A Conferência Internacional sobre Mineração em África terminou hoje, quinta-feira, na Cidade do Cabo.

Na feira, Angola, que foi representada pelo ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, apresentou um painel com o tema “Angola: o Destino de Escolha para o Investimento Mineiro”.

Um dos maiores produtores de diamantes e petróleo, Angola participou com nove empresas do subsector de diamantes, designadamente a ENDIAMA e SODIAM, as Sociedades Mineiras de Catoca, Cuango, Chitotolo, Uari, Yetwene e Furi, bem como a Kapu Gems.

A Conferência contou com a presença dos Presidentes do Botswana, da Zâmbia e do Zimbabwe, respectivamente, Mokgweetsi Masisi, Hakainde Hichilema e Emmerson Mnangagwa, e ministro dos Recursos Minerais e Energia da África do Sul, Guede Mantash.

A “Indaba Mining” é uma conferência internacional sobre mineralização, que se realiza anualmente na Cidade do Cabo, África do Sul, mas devido à Pandemia da Covid-19 foi interrompida em 2020 e 2021. O próximo evento decorrerá na mesma cidade, mas no mês de Fevereiro de 2023.




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