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Economia

Diamantes: 32% das cooperativas licenciadas estão em actividade

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Desde 2019, a Empresa Nacional de Diamantes (Endiama) licenciou 266 cooperativas de exploração de diamantes, com vista a sua transformação em sociedades comerciais. Deste número, 66 estão em actividade, o que representa 32% do total. A informação foi avançada nesta sexta-feira, pelo Director Nacional dos Recursos Minerais, André Buta Neto, a saída do encontro realizado, em Luanda, pelo Ministério dos Recursos Minerais e Petróleo com as cooperativas que pretendem transformar-se em sociedades comerciais para desenvolver as suas atividades semi-industrial.

A Administradora da Cooperativa Tchitembo Tchalaza, Georgina Nunda, que esteve no encontro em representação das Cooperativas da província do Bié, disse, a saída da reunião, que 70% das orientações anteriormente deixadas foram cumpridas, tendo apontado como exemplo, a forma de comercialização de diamantes, a prorrogação das licenças de exploração semi-industrial às cooperativas e a atenção à ajuda que as cooperativas solicitam junto do departamento e a redução de garimpeiros nas zonas de exploração de diamantes.

Entre os desafios que aquela dirigente entende não terem sido ainda ultrapassados, apontou a não renovação das licenças de algumas cooperativas, motivadas pela falta de investidores e das condições das vias que dão acesso às zonas de exploração semi-industrial, bem como o facto de algumas cooperativas ainda possuírem minas.

Questionada sobre o nível de preparação das cooperativas do Bié para a sua transformação em semi-industrial, Georgina Nunda respondeu que já cumpriram com todas as orientações, estando neste momento a espera do despacho do ministério.

Em representação das Cooperativas do Cuanza Sul esteve o Administrador da Cooperativa Kuanza Mucango, Féliz Costa, para quem a falta de incentivos fiscais, bem como a crise financeira no sector constituem desafios para o desenvolvimento das actividades mineiras.

Sobre os níveis de produção, apontou para um balanço positivo, pelo facto de terem atingido a cifra de 5 mil milhões de dólares, contra os anteriores 3 mil milhões. Com estes dados, Féliz Costa está optimista de que as cooperativas da província do Cuanza Sul vão conseguir transformar-se em Sociedade comercial e desenvolver actividades semi-industriais no sector mineiro.

A olhar para os números, o Director Nacional dos Recursos Minerais, André Buta Neto, disse que existem no país 266 cooperativas licenciadas desde 2019, e deste número, apenas 87 estão em actividades.

Sobre as reclamações apresentadas pelas cooperativas, André Buta Neto esclarece que a actividade de mineração é cara, e que aquando da atribuição das licenças, todas garantiram terem capacidades financeiras. “Só que a realidade demostra o contrário. A realidade demonstra que uma boa parte não tem capacidade financeira”, disse.
Entretanto reconhece que as vias de acesso às zonas de exploração são “muito lamentáveis”, e que têm impedido as equipas técnicas que acompanham as cooperativas, de chegar as cooperativas mais longínquas, defendendo a necessidade de se proceder a recuperação das vias de acesso.

Quanto ao garimpo, disse que é não se deve compactuar com ela, e advogou as acções pedagógicas para lidar a acabar com essa exploração ilegal no país.

O PCA da Endiama, Ganga Júnior, disse que a pandemia da covid-19 afectou significativamente o sector, tendo sido reduzido a 50% os níveis de produção, referindo, que neste momento a empresa está a registar uma recuperação significa, tendo apontado a meta estimada para 10 milhões de quilates até ao final do ano, através do qual pretendem arrecadar 1.3 mil milhões de dólares. Neste momento, segundo o responsável, a produção está situada em 8 mil milhões de dólares.

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