Determinação da Primeira-Dama pode pôr fim à violência sexual, diz especialista

O director do Instituto Nacional da Criança (INAC) denunciou nesta sexta-feira, 09,  o envolvimento de pais, médicos, professores, religiosos e agentes de autoridades,  de muitos destes estarem envolvidos em actos de violação sexual contra crianças.

Paulo Kalessi fez estas afirmações durante o lançamento da campanha “Somos Todos Iguais”, de iniciativa das primeiras damas africanas, que teve lugar em Luanda, num relato que deixou os presentes chocados.

Durante o evento, a Primeira-Dama da República não apenas mostrou-se feliz por organizar o evento, como também, pelo contributo dos participantes.

Ana Dias Lourenço pediu, na ocasião, a disponibilidade de todos para fazer uma frente comum de combate ao abuso sexual de crianças.

Chocada com os relatos da denúncia feita pelo Director do INAC, Ana Dias Lourenço pediu fim a impunidade aos supostos implicados em actos de violência sexual, tendo feito referência da soberania do poder judicial do Executivo.

A Primeira-Dama da República prometeu estar na linha da frente no combate a este fenómeno para pôr termo aos crimes de abuso sexual contra Menores, que nos últimos tempos,  tem estado a se registar com muita frequência no país.

Chamado a comentar o fenómeno, o jurista Daniel Pereira enalteceu o papel da Primeira-Dama da República, e mostrando-se confiante na  aposta da primeira dama, que entender do jurista,  poderá surtir os efeitos desejados, para pôr termo a violência sexual contra crianças.

O jurista entende, por outro lado, que não se pode imputar responsabilidade ao Ministério Público nos casos em que, apesar de existir relatos, os processos legais evidenciam ausência de prova, mas pede mais denúncia por parte do INAC.