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Deterioração do país deve-se ao agravamento de políticas anti-sociais, afirmam Bloco Democrático e PDP-ANA

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O presidente do Bloco Democrático disse esta quarta-feira, 23, numa das unidades hoteleiras de Luanda, que o “país celebra no próximo mês de Novembro, 50 anos de Independência, uma data que nos remete ao passado doloroso, sangrento, mas vitorioso onde vidas foram sacrificadas para que o povo se libertasse do jugo colonial”.

Filomeno Vieira Lopes disse que o país, apesar deste feito grandioso e que historicamente marcou o início de uma nova era para os angolanos, “continua a não dar sinais de evolução, tudo por conta de uma mentalidade e lógica de governação que primou pelo partido único e permanece em regime autocrático, condicionando a vida de muitos angolanos e angolanas, para regalo de um grupo minoritário que se apropriou do esforço geral.

O político disse ainda que perante tal facto e porque os sinais da destruição do país são cada vez mais visíveis”, as direcções do Bloco Democrático (BD) e o Partido Democrático Progresso – Aliança Nacional Angolana (PDP-ANA), reuniram em várias sessões e constataram a profunda e crescente deterioração da situação política, económica e social do país que vai sendo gerido na base de valores alheios aos superiores interesses do seu povo.

Filomeno Vieira Lopes afirmou que os partidos concluem que “esta deterioração deve-se ao agravamento de políticas anti-sociais, da disseminação de conteúdos antidemocráticos, ao aprofundamento da legislação de cunho partidário e numa prática fascista e de ódio, e que tal linha de actuação, visa, igualmente, impedir a justa competição entre forças políticas concretizada com recurso aos órgãos de comunicação públicos, que são de igual modo promotores de alienação social e da ardilosa manipulação para dividir e enfraquecer as forças políticas na oposição”.

O político disse ainda que as duas forças entendem, que o futuro democrático e próspero de Angola carece da vitalidade da acção conjugada e coordenada da oposição pela mudança e da sociedade civil.

O político disse, por outro lado, que ambas as forças constatam que os órgãos de organização e deliberação dos resultados do processo eleitoral, nomeadamente, a Comissão Nacional Eleitoral e o Tribunal Constitucional, estão de facto capturadas pelo partido da situação, impedindo que a alternância democrática se efective, com tranquilidade civilizacional, dentro dos padrões eleitorais e negar, por consequência, o direito soberano do povo decidir nas urnas.

O Bloco Democrático e o PDP-ANA apelam, com veemência, “a todas as forças democráticas, partidos e movimentos cívicos e cidadãos no geral para a necessidade de unirem esforços por Angola, numa frente comum pela mudança, que deve ocorrer em 2027”.

Filomeno Vieira Lopes fez estas declarações aquando da leitura do comunicado conjunto do Bloco Democrático e o PDP ANA, sobre a situação sociopolítica do país em 50 anos de independência nacional.




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