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Desvio de dinheiro no Ministério da Saúde: réu diz ter recebido 300 mil dólares sem fazer nada
Ouvido no Tribunal Provincial de Luanda, sobre este processo, disse que recebeu da Unidade Técnica de Gestão do Fundo Global, entidade afecta ao Ministério da Saúde, duas transferências de 266 mil 370 dólares e de 318 mil 480 USD em 2013, destinadas para elaboração de material de publicidade da campanha de sensibilização.
Esses montantes foram devolvidos por não ter sido feita a publicidade e possíveis irregularidades no envio dos valores, mas, segundo o réu, o trabalho não foi feito porque os dizeres da campanha não tinham sido enviados.
Mauro Felipe, proprietário da empresa EM – Gestinfortec, referiu que tinha contrato de prestação de serviços e consultoria com o Ministério da Saúde, tendo, por esta via, concretizado a compra de material informático para Unidade Técnica de Gestão do Fundo Global.
Deste serviço, recebeu 167 mil 457 dólares, usados na compra de duas viaturas, bem como material de construção. Os bens estão já sob tutela do Ministério Público.
Sobre os 18 milhões de Kwanzas transferidos para a sua conta, pela empresa Soccopress, de que é proprietária a esposa e co-ré Sónia Neves, Mauro Filipe disse desconhecer.
O advogado de defesa Picasso de Costa Andrade manifestou-se satisfeito pela forma como decorreu a audiência, já que foi possível esclarecer alguns aspectos do processo.
Considerou que o espaço de tempo (uma semana) que o Tribunal está a dar entre as audiências tem sido favorável à defesa, pois permite preparar melhor os seus constituintes.
O Ministério Público acusa Sónia Carla de Oliveira Neves, Nilton Saraiva Francisco e Mauro Filipe de desvio de fundos destinados para combate da malária, avaliados em mais de 160 milhões de Kwanzas e cerca de 500 mil dólares norte-americanos.
A próxima audiência está marcada para segunda-feira, 27 de Novembro, onde serão ouvidos o réu Nilton Saraiva Francisco e os declarantes do processo.