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Sociedade

Despertar: jornalistas ameaçam apresentar queixa-crime à PGR

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Nove profissionais da Rádio Despertar, emissora ligada à UNITA, ameaçam apresentar, nesta sexta-feira, 06, uma queixa-crime à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a direcção da referida rádio, por incumprimento das suas obrigações como entidade empregadora.

Falando hoje, em Luanda, em conferência de imprensa, o jornalista e representante do núcleo do Sindicato dos Jornalistas Angolanos na Rádio Despertar, João Walter dos Santos, negou terem recebido qualquer notificação oficial por parte da direcção da Rádio Despertar.

Na base da queixa crime está a suspensão dos jornalistas das suas actividades laborais, há cerca de uma semana, por reivindicarem salários em atraso e melhores condições de trabalho.

Os profissionais exigem condições de trabalho e o pagamento dos seus ordenados que registam três meses de atraso.

“Nós somos chefes de família. Estamos há três meses sem receber o nosso ordenado”, disse João Walter.

Os jornalistas suspensos falam da violação de um direito fundamental, que é a compensação pelo seu trabalho através do pagamento do salário pela entidade patronal.

Entre o colectivo de jornalistas suspensos pela emissora da UNITA, está o correspondente da Despertar em Malange, Marcelino Jimbi.

Por seu turno, o director-geral da Rádio Despertar, Emanuel Malaquias, refuta as acusações de que os profissionais da emissora teriam sido suspensos por exigir salários em atraso e melhores condições de trabalho.

Em declarações à Angop, fez saber que o que está na base da acção da direcção da Despertar por parte dos jornalistas foi a tentativa de desestabilização do espaço laboral.

“Todo esse processo tem pressupostos, o responsável do núcleo sindical leva a cabo acções que não estão de acordo com o que se pede no seu espaço laboral”, sublinhou.

Em relação aos salários em atraso, anunciou que começaram a pagar os salários em atraso a partir desta quinta-feira.

Por Angop