Economia
Derivados de petróleo: resultados de exportações abaixo das expectativas da Sonangol
Um ano depois de ter iniciado o processo de exportação de derivados de petróleo para alguns países africanos, com destaque para a República Democrática do Congo, os resultados até aqui alcançados estão abaixo das expectativas da Sonangol.
A informação foi revelada esta terça-feira, em Luanda, pelo Presidente da Comissão Executiva da Unidade de Tradding e Shipping da Sonangol, Mauro Graça, na Conferência de Imprensa de apresentação dos resultados do último ano produtivo, no âmbito do seu 49º aniversário, assinalado nesta terça-feira, 25 de Fevereiro.
Mauro Graça começou por dizer que a petrolífera nacional iniciou o processo de exportação de derivados de petróleo para os países de África, por meio de acordos de agenciamentos, com base na capacidade da empresa.
Entretanto, a sua implementação teve impacto nos aspectos operacionais, logísticos e financeiros, junto dos clientes da região.
O gestor explicou que os acordos de agenciamento são baseados nos mercados internacionais, e que implicam ter a sua logística e que operacionalmente ter condições, o que fez com que a Sonangol continuasse a agenciar os países clientes até que tenham as suas condições operacionais, logísticas e financeiras para poderem ter fundos residuais superiores aos oferecidos pela Sonangol, de modo a ter uma escala representativa em termos de exportação para os países vizinhos.
“Entretanto, em 2024 podemos exportar para São Tomé e Príncipe, cerca de 22 mil toneladas métricas de produtos, entre gasolina, gasóleo e jet-1, o que perfez um valor bastante longe daquilo que nós pretendemos alcançar com os acordos de agenciamento. Esteve em cerca de 17 milhões de dólares”, disse acrescentando que para a República da Namíbia, a Sonangol exportou “apenas 400 toneladas métricas, que totalizou cerca de 250 mil dólares”.
Mauro Graça sublinhou que essas “exportações de volume bastante baixo, só são possíveis” de serem realizadas, pelo facto de a petrolífera estatal garantir a subsistência interno, em primeiro lugar.
“Primeiro nós temos de ter o nosso mercado doméstico abastecido. Quando temos um excedente aí é que nós exportamos para os nossos países vizinhos”, reiterou.
O responsável pela venda e exportação de derivados de petróleo afirmou que a comercialização de combustíveis para os países vizinhos depende da capacidade de cada país em atender os contratos de agenciamento.