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Deputado da UNITA defende gradualismo geográfico

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O deputado pela bancada parlamentar da UNITA, David Mendes, mostrou-se favorável ao gradualismo geográfico no processo de institucionalização das Autarquias Locais em Angola.

Falando recentemente no espaço Grande Entrevista da TV Palanca, o também advogado apontou, como justificativa para tal, a inexistência de condições materiais e humanas por parte das demais forças políticas para «concorreram de forma igual em todo o território nacional com o MPLA».

«Vamos ser realistas que para fazer mais de 160 eleições no mesmo período é preciso ter meios económicos e humanos», justificou, para depois reconhecer ser este o principal handicap de todos os partidos políticos que conformam a oposição política angolano, incluindo a UNITA.

«Será que nós, oposição, temos meios económicos suficientes para fazer mais de 160 campanhas», interrogou-se o parlamentar.

«A minha resposta é que não», respondeu, ao manifestar a sua posição pessoal à polémica reiteradas vezes levantada pela UNITA.

A segunda maior força política no país tem defendido a realização simultânea das autárquicas em todo o território nacional, tese que concorre em contramão com o que é defendido pelo Executivo, favorável à realização gradual do pleito.

CONTRA FINANCIAMENTO DAS CAMPANHAS

O deputado e advogado David Mendes manifestou-se contra o financiamento por parte do Executivo angolano das campanhas dos candidatos às eleições autárquicas previstas para 2020, em conformidade com a proposta de Lei Orgânica das Eleições Autárquicas, actualmente em fase de auscultação pública.

«Sou apologista do não financiamento, porque o país tem dificuldades e estamos a falar de aproximadamente de 100 eleições, se for em todo o território nacional. Se não se sabe quantos candidatos, nem quantas listas, então como vai-se financiar», interrogou o político, em entrevista exclusiva à estação televisiva privada TV Palanca.

David Mendes considerou bastante onerosa para os cofres do Estado uma iniciativa do género, sustentando a sua posição, a título de exemplo, com a questão relacionada com a gestão do tempo de antena.

«Imaginemos que tenhamos 160 campanhas eleitorais, quais serão as campanhas que vão ser cobertas? É impossível, vamos ser realistas», reconheceu, desmistificando desta forma um dossier muitas vezes apresentado por sectores políticos na oposição, para o qual considera um não assunto.

«(…) Cada autarquia é uma campanha independente. Como é que é vamos fazer cento e tal campanhas numa televisão pública? Qual será o tempo reservado para as campanhas», voltou a interrogar o deputado, para quem é entendimento que as campanhas devem ser suportados pelos partidos políticos ou pelos próprios candidatos.

Esta posição de David Mendes acontece na mesma altura em que se apresentou favorável ao gradualismo geográfico no processo de institucionalização das Autarquias Locais.

 

C/ Palanca TV




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