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Depois de 64 anos desde início da luta armada, analistas criticam actual situação social do país

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Os analistas que participaram no espaço “Tem a Palavra” do Programa Capital Central, da Rádio Correio da Kianda, desta terça-feira, 04, criticaram a actual situação socioeconómica dos angolanos, volvidos 64 anos desde o início da Luta Armada de Libertação Nacional, que hoje se assinala, por não representar as causas daqueles que se bateram para a independência de Angola.

O antropólogo Miguel Kimbenze defendeu uma reestruturação da gestão e políticas públicas para permitir maior desenvolvimento do país.

Já o especialista em Gestão e Administração Pública, Denílson Duro, criticou o protocolo adoptado pelo governo, que “fecha os olhos perante o sofrimento que afirma estarem a passar os ex-combatentes, enquanto os políticos preferem depositar uma coroa de flores no monumento do Soldado Desconhecido”.

Por seu turno, o historiador Celestino Máquina defendeu uma maior divulgação da importância desta data para todos os angolanos, “por reflectir a vontade dos tombados na luta armada que enseivam um país livre e melhor para se viver”. Por isto alerta os políticos a governarem pensando no povo.

Denílson Duro afirmou ser agora “o momento de se começar a desenvolver o país, e de o governo reconciliar-se com a sociedade”.

Miguel Kimbenze entende ser também altura de se avançar para um modelo de governação de unidade para que todos possam participar no processo de dignificação da nação.

O município do Negage, na província do Uíge, acolhe esta terça-feira, 04, o acto central das celebrações do 4 de Fevereiro, data do início da Luta Armada de Libertação Nacional, assinalando, assim, o 64.º aniversário desta gesta heróica de 1961, a ser presidido pelo ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Pereira Furtado.

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