África
Delegação da CEDEAO chega a Guiné-Bissau para mediar crise política
Na Guiné-Bissau, uma delegação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), chega este domingo a Bissau, para mediar a crise política em torno do fim do mandato do presidente, e a marcação de eleições.
A presença da delegação, coincide com a data do término do mandato do presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, que completa cinco anos a 27 de Fevereiro, tornando-se no segundo chefe de Estado guineense a completar o mandato, desde 1999.
A polémica instalou-se na Guiné-Bissau com pareceres jurídicos e políticos diversos, em torno do fim do mandato presidencial, e relevou para segundo plano as eleições legislativas antecipadas, que continuam por se realizar, por mais de um ano depois da dissolução do parlamento.
A CEDEAO, comunidade que engloba 15 países da África Ocidental, tem mediado ao longo dos últimos anos as diferentes crises políticas e regressa mais uma vez este Domingo à Guiné-Bissau, com o mesmo propósito.
Sobre o assunto, o cientista político Eurico Gonçalves entende que a paz e segurança na Guiné-Bissau, dependem de uma verdadeira mudança de rumo, com a participação do actual chefe de estado.
O cientista político refere que a indeterminação de Umaro Sissoco Embaló, de convocar eleições versus a exigência dos partidos na oposição, coloca o país em um ponto de ignição política actuante, pelo que entende, que a CEDEAO, com a delegação de alto nível, procurara encontrar pontos convergentes e consensos para garantir estabilidade política na Guiné-Bissau.
Eurico Gonçalves afirma por outro lado que a actual crise política naquele país é o resultado prático de falta de instituições politicas capazes alinhadas a um estado frágil onde as preferências individuas transcendem os fins do Estado.
A delegação da CEDEAO fica até sexta-feira na Guiné-Bissau e vai reunir-se com forças políticas e outras entidades para discutir a actual situação política e procurar condições para o processo eleitoral.