Mbuandja na Kianda
Das Transportadoras Tudo Passa: droga, crianças raptadas, estrangeiros ilegais e armas traficadas
Desde que Angola se tornou num País em paz a circulação por terra passou a fazer-se livremente. Aliás, com o alcance da paz efectiva a mobilidade de pessoas e bens, em todo o território nacional passou a ser feita na liberdade e simplicidade possíveis que se conhecem.
Anda-se um pouco ou mesmo todo o País com quem é que se quer viajar.
Sai-se de Luanda para o Sul todo, centro, leste e norte do País sem grandes, senão mesmo nenhum constrangimento, fruto dessa mesma paz que hoje se comemora!
No entretanto, os mais atentos, – como será o nosso caso – tendem a olhar e classificar essa paz e as liberdades que traz. Uma dessas liberdades tem que ver com a locomoção das pessoas.
Andar pelo País por via dessas nossas transportadoras terrestres, como é o caso da MACON que nos leva traz-nos uma experiência única relativamente ao papel do Estado na matéria de segurança nacional.
Dito de outro modo, quem anda das mesmas, por exemplo e porque é este o caso em epígrafe, forma uma panorâmica sobre o que este Estado o Angolano – faz para salvaguardar os seus interesses nacionais, fundamentalmente no que a segurança nacional diz respeito.
Verdadeiramente, já saímos de Luanda para o Kuanza sul, Benguela, Huíla, Cunene, Kuanza Norte, Malanje, Bié Uíge, Zaire, Huambo e agora Kuando Kubango, de muitas delas, agora de MACON e o cenário repete-se:
Libertinagem! Ou seja, circula-se com com um à -vontade demais.
Passam-se os controlos policiais, postes militares e dos Serviços de Migração e Estrangeiros sem que, fique, pelo menos, uma ideia, um sinal, de um serviço, País garante segurança e inviolabilidade das suas regras internas e soberanas.
Ja saí de Luanda para o Kuando Kubango, de MACON, no caso em concreto, sem que, durante a caminhada, tenha sido interpelado por gente vocacionado a um serviço público de fiscalização ou segurança sequer.
Interpelam outros veículos, autocarros não identificados com sigla de empresas, mas o das Transportadoras públicas e privadas caracterizadas e de referencia nunca!
Polícias, agentes de Migração e Estrangeiros, nunca se dignam em verificar se, na real, os quê se fazem transportar destes autocarros são ou não cidadãos nacionais.
Se são ou não crianças qe se fazem acompanhar dos respectivos pais. Se estão ou não a transportar produtos proibidos, no País, como o canabilis, a cocaina e outras drogas pesadas e proibidas vem como o tráfico de seres e órgãos humanos, armas de fogo.
Das transportadoras é, na verdade, um reino de impunidade tremenda que faz arrepiar os cabelos de quem percebe destas coisas.
No Nzenza do Itombe passa-se como se de nada se tratasse.
No Fim idem, na Kibala o agente ou oficial ali colocado nem se importa em olhar para quem está, entra e sai do autocarro e mais adiante o cenário é mais grave ainda.
Em fim, das transportadoras, como é o caso da MACON, como dissemos, a droga, crianças e órgãos humanos, armas traficadas passam como se de água se tratasse…