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De Beers: presidente do Botsuana ameaça cortar ligações com “o Golias dos diamantes”

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As ligações entre o Governo do Botsuana e a De Beers foram estremecidas esta segunda-feira, 13, após o presidente daquele país, Mokgweetsi Masisi, ameaçar romper os contratos com a gigante diamantífera, caso o acordo de exploração das minas de diamantes, que caduca este ano, não aumentar os lucros do país.

A informação avançada pela Bloomberg, diz que o acordo feito em 2011, prevê que a Debswana, a empresa detida em partes iguais pelo Governo e pela De Beers, funcione até 2021, mas a parceria foi prolongada até 30 de Junho deste ano devido à pandemia de covid-19.

Segundo o acordo, a De Beers vende 90% dos diamantes, ao passo que o Botsuana leiloa 10%, através da Companhia Diamantífera Okavango, contudo, em 2020, a percentagem do Governo foi aumentada para 25%.

“Descobrimos que os diamantes estão a dar muito lucro e que o acordo [de 2011] não foi benéfico para nós; estamos a aumentar a aposta porque queremos uma fatia maior dos nossos diamantes, não pode ser ‘business as usual’“, avançou o Chefe de Estado.

A economia do Botsuana deverá ter crescido 6,7% no ano passado e as previsões do Ministério das Finanças daquele país apontam para um abrandamento para cerca de 5% neste e no próximo ano.

“Agora, descobrimos como funciona o mercado de diamantes e descobrimos que estamos a receber muito menos do que devíamos, disse Masisi, num comício de lançamento da sua reeleição presidencial, em 2024, na sua cidade natal de Moshupa, a 65 quilómetros da capital, Gaborone.

No seu discurso, pediu o apoio de todo o país e disse que o Botsuana enfrentava “o Golias dos diamantes”: “se não chegarmos a uma situação favorável para ambas as partes, cada um vai ter de fazer as malas e ir embora“, disse, o líder do maior produtor de diamantes na África subsaariana.

Relação da De Beers com Angola 

Em Outubro de 2021, a De Beers voltou a operar em Angola, após ficar desde 2001 com operações suspensas no país, tendo movido vários processos arbitrais contra o Estado angolano, que viria posteriormente a perder.

O regresso da De Beers ocorreu após um processo de recuperação da confiança da diamantífera sul-africana, reconhecido como “difícil” pelo próprio ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino Azevedo.

A De Beers explora diamantes nas províncias da Lunda Norte e Lunda Sul, marcando assim o regresso ao país da diamantífera sul-africana, em 2021.

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