Sociedade
Dados do Censo 2024 legitimam proposta do PANA sobre poligamia, diz Kakambo
O coordenador do projecto político PANA disse à Rádio Correio da Kianda que, os dados do Censo Geral da População e Habitação publicados nesta quinta-feira, 20, pelo Instituto Nacional de Estatística vêm consolidar a proposta daquele projecto político, que defende a legalização da poligamia em Angola.
Nacionalista Kakombo é de opinião que o índice de mulher solteiras é elevado e o projecto político promete incluir a medida na Constituição República de Angola, como facto cultural africano e angolano com vista a promover a estabilidade social e assistência social.
De acordo com dados definitivos do Recenseamento Geral da População e Habitação (Censo 2024), Angola conta actualmente com 36 milhões, 604 mil e 681 habitantes.
Sobre o assunto, o especialista em gestão e administração pública, Denílson Duro, disse que o Executivo tem de olhar como vai fazer os dados demográficos, para saber gerir as estruturas, as unidades urbanísticas, as cidades e unidades municipais, que é a principal unidade de gestão do território.
A directora-geral adjunta do INE, Teresa Spinola, avançou que deste número, 17 milhões, 931 mil e 985 habitantes são homens ao passo que 18 milhões, 672 mil e 696 são mulheres.
A responsável disse, igualmente, que foram contabilizados um total de 23 milhões, 991 mil e 388 habitantes na zona urbana e 12 milhões, 613 mil e 293 habitantes da zona rural.
Denílson Duro é de opinião que, em relação a distribuição populacional, o Censo revela que a população está mais concentrada nos centros ou perímetros urbanos, colocando ao abandono as zonas rurais, o que representa desafios pontuais em criar infra-estruturas para atrair a população para as zonas recônditas e de produção agrícola, como elementos activos.
Sob o lema “juntos contamos por Angola”, o Censo 2024 foi antecipado pelo processo de actualização da malha cartográfica angolana e pelo censo piloto, realizado em sete das 21 províncias do país.
Este censo surge 10 anos após Angola ter realizado o Censo de 2014, que decorreu de 16 à 31 de Maio, onde na altura a população angolana estava estimada em pelo menos 25 milhões, 789 mil e 24 habitantes.
O Recenseamento Geral da População e Habitação visa essencialmente disponibilizar base de dados para o planeamento, gestão e tomada de decisões, bem como construir uma base de amostragem para a selecção de amostras de inquéritos junto aos agregados familiares.
O Censo 2024 arrancou às 0 horas do dia 19 de Setembro, com a recolha de dados dos sem-abrigo, em todo território nacional, e terminou a 19 de Novembro de 2024.