Economia
Custo da dívida em Angola vai “subir significativamente”, diz FMI
O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou que o custo de servir a dívida pública financiada por bancos comerciais em países como Angola vai “subir significativamente” nos próximos anos, não apresentando números para o país.
De acordo com o relatório sobre a Estabilidade Financeira Global, divulgado no âmbito dos Encontros Anuais do FMI e do Banco Mundial, em Washington, “a sustentabilidade da dívida permanece uma preocupação para alguns mercados de fronteira”, entre os quais os analistas destacam, entre outros, Angola.
“Nos próximos anos, vários emissores de dívida soberana em África, como Angola, Gabão, Tunísia, Zâmbia, e na América Latina e nas Caraíbas (Belize, Equador, Jamaica) vão ver as obrigações com o serviço de dívida ao sector privado aumentar substancialmente ou permanecer elevada”, lê-se no documento.
O FMI não apresenta os dados para nenhum destes países, numa lista que inclui Angola, onde o Fundo tem um programa de assistência financeira no valor de 3,7 mil milhões de dólares, cerca de 3,3 mil milhões de euros.
“Apesar de haver uma falta generalizada de informação sobre as práticas de colateralização em vários países, os casos recentes de dívida problemática [’debt distress’, no original em inglês] e os novos programas do FMI, particularmente na África subsaariana, revelaram casos de altos níveis de financiamento do sector privado ou de empréstimos oficiais bilaterais ligados a matérias primas”, escrevem os analistas.
C/ Mercado