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Economia

Cuanza Norte volta a ter fábrica têxtil funcional 25 anos depois

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Depois de 25 anos paralisada, a fábrica Têxtil Comandante Bula, na província do Cuanza Norte, volta a abrir as portas para produzir seis mil e 300 toneladas de algodão por ano, sob a responsabilidade de um grupo empresarial zimbabueno, que ganhou o concurso público internacional para a sua gestão.

A unidade fabril será relançada na próxima segunda-feira, 15, pelo ministro da Indústria e Comercio, Victor Fernandes, que se faz deslocar àquela província neste domingo, 14, para a referida jornada de campo, segundo um comunicado, enviado nesta sexta-feira ao Correio da Kianda.

O grupo Baobab prevê produzir, na actividade agrícola, 6.300 toneladas de algodão/ano, com vista a substituir, num futuro breve, as importações da fase inicial da produtividade.

Congrega serviços de fiação, malharia, tingimento, acabamento, confecção de roupas e uma área para o fabrico de tecidos de ganga. A primeira linha possui uma capacidade instalada para 180 mil camisolas e 150 mil camisas/mês. E a segunda produzirá, em igual período, 480 mil metros de tecidos, quando estiver toda a sua capacidade de funcionamento instalada.

Com a entrada em funcionamento da Têxtil comandante Bula, numa primeira fase serão criados 600 postos de trabalho, mas a capacidade instalada permite que a médio prazo o número de postos de trabalho, directos, venha a duplicar, com o funcionamento em plano de todas as unidades.

A fábrica ocupa uma área de 88 mil metros quadrados, com três naves e duas linhas de produção e conta com o abastecimento de energia eléctrica da rede pública.

De 2013 a 2016 foi relançada, no quadro de um projecto de relançamento da indústria têxtil do Governo Angolano, financiado pelo Japão, no âmbito dum plano do governo que também recuperou a Textang, em Luanda, e África Têxtil, em Benguela.

A Fábrica Têxtil Comandante Bula está, desde Fevereiro último, oficialmente sob gestão do grupo empresarial zimbabweano Baobab, depois desta ter vencido o Concurso Público Internacional que foi realizado para a concessão da gestão da empresa, com opção de compra. Está neste momento a proceder estudos de viabilidade para a aquisição de um campo para a produção de algodão, principal matéria-prima da actividade industrial têxtil, conforme a nota que o Ministério da Indústria e Comércio fez chegar à nossa Redacção.

Importa referir que esse mesmo grupo empresarial zimbabweano “Baobab” também venceu o concurso para a gestão da fábrica têxtil de Benguela, cujo acto de relançamento oficial aconteceu em Fevereiro último.

A fábrica, um investimento primário italiano, foi instalada em Angola em 1967, vindo a funcionar de 1970 a 1996, com 1.200 trabalhadores até a sua paralisação.