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Politica

Crise no PRS: secretário provincial de Malanje destituído do cargo por quebra de confiança

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O secretário provincial do Partido de Renovação Social (PRS) em Malanje, Marinho Baião, foi destituído, na última terça-feira, 20, por um grupo de militantes que o acusam de “quebra de confiança”.

O Correio da Kianda soube, de fonte próxima dos renovadores sociais, que Marinho Baião usou a mesma técnica de “golpe” contra o antigo secretário provincial do PRS em Malanje, Eduardo Hilário, eleito na ultima conferência provincial de 2017, que culminou com a realização do último congresso “contestatório”, que elegeu Benedito Daniel como presidente deste partido.

Eunésio Buíla Assunção José, responsável adjunto da comissão de gestão, criada nesta quarta-feira, 21, disse que Marinho foi demitido do cargo por “quebra de confiança”.

“Os secretários municipais, assim como os representantes dos núcleos, e o executivo provincial de Malanje decidiram afastar temporariamente o senhor secretário provincial do partido por quebra de confiança”, disse.

A comissão de gestão coordenada por António Valente Saizamba, até então secretário provincial adjunto, integra João Rodrigues Pedro e Ernesto Cassule, e deverá funcionar até a realização de uma conferência provincial extraordinária para indicar o futuro novo dirigente e os membros do secretariado provincial.

“Esta comissão de gestão há de funcionar o tempo que for necessário, assim que a direcção nacional do partido tomar uma decisão no sentido de haver uma conferência extraordinária, no sentido de se eleger um novo secretário”,acrescentou.

O gabinete de Marinho Baião está encerrado, mas o partido tem as portas abertas. Baião disse que “as convulsões” fomentadas pelo grupo que o demitiu são antigas.

“As mesmas pessoas de sempre que convulsionaram contra o malogrado João Daniel, na altura secretário provincial, convulsionaram contra o professor Eduardo Hilário, como secretário provincial e hoje estão a convulsionar contra o secretário Marinho Baião. Fizemos uma queixa à polícia”, disse à Voz da América.

O secretário demissionário confirma que a direcção central do partido está ao corrente da situação e considerou os colegas como “delinquentes por tentarem ludibriar até as autoridades policiais”.

“São considerados como insurgentes, aliás, não deixam de ser delinquentes. Chamamos de delinquentes porquê? Eles utilizam até meios ilegais ludibriando a Polícia Nacional e as instituições do Governo com documentos falsos”, garantiu, afirmando que “em 2019 usaram informações falsas em nome do PRS”.