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Politica

Crise no P-NJANGO: partido recém criado a caminho da extinção

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A caminho da extinção, o partido político P-NJANGO, que se estreou nas Eleições Gerais de 24 de Agosto último, vive um período de conturbação e de ruptura interna entre a liderança e os seus principais dirigentes. Recentemente, o Correio da Kianda noticiou sobre uma investigação da PGR dentro desta formação política, após denúncia dos militantes de um alegado desvio de dinheiro da campanha eleitoral pelo Presidente do P-NJANGO, Eduardo Jonatão “Dinho Chingunji”.

O nosso jornal soube ainda que o líder do Partido Nacionalista para Justiça de Angola, também moveu uma queixa crime junto da PGR, contra o ex-presidente do partido, antigo secretário geral e outros membros, “por serem eles os responsáveis que tiveram acesso aos cofres do organização política”.

Na ocasião, o Correio da Kianda ouviu um dos acusados, tendo garantido que não foram eles, que tinham acesso aos fundos da organização, sublinhando que o processo, que está ser movido por Dinho Chingunji, é para “fugir das suas responsabilidades e acusar quem nunca teve acesso aos dinheiros”.

Rufino Sawandi, então Presidente de Jurisdição do P-NJANGO, deu a conhecer que Dinho Chingunji anunciou que deu entrada de um processo de investigação na PGR, para apurar sobre uma investigação de desvios de fundos do partido, acusando o vice-presidente e demais membros, deixando incerteza por parte dos lesados, por até ao momento nunca foram notificados por aquele órgão de Investigação.

O alto responsável partidário, agora expulso por exigir transparência e esclarecimentos sobre o andamento do partido, diz que a gestão dos dinheiros recebidos no período Eleitoral na sua formação política, não foi gerida de acordo às normas exigidas. Rufino disse ainda, que para além da exigência da transferência, o que preocupava os demais membros, é a falta de organização estrutural e funcional do P-NJANGO.

“O que nós mais reclamávamos é a organização estrutural e funcional do partido”, disse.

Rufino Sawandi explica que quanto ao fundo, quem teve acesso directo na administração foi o Presidente do Partido e ao Administrador Eleitoral, são eles que tinham todos acessos, e nada se movia sem assinatura do Presidente para que as verbas saíssem da contabilidade do partido. Segundo ele, Dinho Chingunji é quem fazia tudo sem o respaldo dos demais membros, e se limitavam somente em assisti-lo.

O ex-candidato a deputado pela lista do P-NJANGO, falou que “a decisão do seu líder de fazer queixa a quem não teve acesso a gestão dos fundos da organização, limito-me em afirmar que o Presidente está fugir o ‘rabo a seringa'”, frisou. O jovem político, entende que em termos normal Dinho Chingunji não teria feito isto ao público, enquanto internamente nunca procurou esclarecer está situação sobre como os fundos foram geridos e como foi administrada a campanha Eleitoral.

Enfatiza, desde que terminou o período Eleitoral, nunca convocou um encontro com os membros, pelo contrário, os dirigentes e militantes é que têm solicitado encontro com ele. Daí devido a pressão dos militantes, alguns membros iam ao presidente pedir um encontro, o que terminou com a exoneração e suspensão de alguns deles.

Numa entrevista concedida ao nosso jornal, Dinho Chingunji dizia que está com consciência limpa, e que nunca foi ele a fazer gestão das verbas da organização. Sobre a investigação, o político, disse que estava somente a espera da notificação da PGR e que dará o seu devido esclarecimentos.