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Crise na IURD: porta-voz esclarece actual situação da igreja em Angola

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Em conferência de imprensa realizada na tarde deste sábado, 17, em Luanda, o porta-voz da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) em Angola, bispo Alberto Segunda, disse que “a Igreja Universal está a viver uma situação de crise interna, em que os ex-bispos e pastores dissidentes, com apoio do Ministério da Cultura e do INAR, querem tomar de assalto a autonomia e templos da IURD de forma ilegal”.

O responsável religioso explicou que a actual situação da IURD deve ser vista como um golpe que está a ser praticado por ex-bispos e delta delta denominação religious.

“A actual situação que a Igreja Universal está a viver é um estado de golpe, que está a ser feito por dissidentes que são ex-bispos e pastores que um dia fizeram parte da instituição”, disse o religioso.

Bispo Segunda esclareceu que os ex-bispos e pastores, ora responsáveis ou líderes da IURD em Angola, não fazem parte do corpo pastoral desta denominação religiosa porque, segundo o bispo, estes foram expulsos deste clero desde o ano de 2019, por revelia e violação das normas estatutárias desta igreja.

“Nós da Igreja Universal somos guiados por um estatuto e um regulamento interno, aonde todos que querem seguir o caminho pastoral devem se enquadrar naquilo que é o estatuto da igreja, os dissidentes e ex-pastores que se intitulam como actuais líderes da IURD, se fazem valer por uma acta de uma assembleia que eles organizaram ao decorrer deste ano, 2021, tempo depois de serem afastados”, esclareceu e acrescenta que, os mesmos “não têm legitimidade de convocarem nenhuma assembleia porque, de acordo com os estatutos da IURD, quem a convoca a realização de uma assembleia extraordinária ou ordinária é o presidente do Conselho de Direcção”, frisou.

O bispo que apoia a continuidade de missionários brasileiros na IURD, mostrou-se preocupado com a posição do Ministério da Cultura e do INAR em legitimar uma assembleia forjada por indivíduos que, segundo o pastor, já não fazem parte do corpo pastoral desta igreja.

“De lá pra cá, temos visto a realização de várias assembleias que têm resultado na produção de algumas actas que mesmo de forma ilegal o INAR e o Ministério da Cultura têm reconhecido tais falsas actas”, lamentou.

O religioso repetidas vezes acusou o actual líder da IURD em Angola, Valentim Luís Bezera, de formar uma associação criminosa que, segundo ele, com ajuda dos órgãos de Estado, tem “falsificado documentos, realização de assembleias ilegais, assalto aos templos, baterem pastores e obreiros, expulsarem das residências missionários e assaltos as igrejas deixando assim, vários fieis sem lugar para adoração”. Segundo o bispo Alberto Segunda, Valente Bezerea, não tem legitimidade na IURD porque foi expulso, desde o ano de 2019, por mal conduta e por acto de rebelião.

Durante a conferência de imprensa, o bispo lamentou a falta de interesse por parte do ministério que tutela as actividades religiosas em não querer mediar o conflito das partes durante essa fase de crise. “Durante essa fase de crise já solicitamos audiência com o ministro da Cultura e com o director do INAR, até nunca fomos ouvidos e nunca fomos recebidos”, lamentou e tendo achado estranho, por não serem ouvidos nem convocados para prestarem qualquer esclarecimento ao Ministério da Cultura.

Quanto a situação migratória dos missionários brasileiros notificados pelo SME, o porta-voz da IURD disse que é “um não assunto porque, segundo o bispo, os missionários têm os vistos em dia, e que algura que tudo seja esclarecido”.

Já quanto a acusação da obrigatoriedade de vasectomia por parte de pastores e bispos na IURD e lavagem de dinheiro, o líder religioso salientou que “a vasectomia é um acto de livre e de espontânea vontade de qualquer cidadão em particular de bispo ou pastor que  venha solicitar para o efeito e não é uma doutrina da IURD”, disse.

Quanto a exportação de milhões de dólares no exterior, em poucas palavras frisou que é impossível passar com milhões de dólares em malas no aeroporto, logo ser falso tais acusações.

Alberto Segunda, acredita num desfechos feliz desta crise porque entende que estão do lado da verdade, e que se o caso passar em julgamento, o tribunal irá decidir a favor da sua ala.

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