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Politica

Crise interna na UNITA: militantes denunciam perseguição política

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Após uma denúncia e recusa pública dos resultados eleitorais do último congresso da LIMA, braço feminino da UNITA, pela candidata derrotada Manuela dos Prazeres Kazoto, devido uma possível fraude, o partido liderado por Adalberto Costa Júnior parece estar a viver a pior crise da democracia interna.

Numa denúncia chegada à nossa redação, nesta segunda-feira, 17, os militantes do maior partido na oposição, que preferiram falar em anonimato, acusam o actual presidente de perseguir e retaliar todos os altos dirigentes do seu partido, que no congresso do ano passado apoiaram Alcides Sakala Simões, candidato derrotado no XIII congresso ordinário.

Segundo os denunciantes, a direcção actual do Galo Negro está disposto a substituir a secretária-geral adjunta da JURA, braço juvenil da UNITA Sandra Domingos Oliveira, alegadamente porque o seu pai, o secretário provincial da UNITA na Lunda Norte e deputado Domingos Oliveira, teria apoiado outro candidato.

Os mesmos dizem que Sandra Domingos Oliveira será substituída pela jovem Elsa Pataco, como secretária-geral adjunta da JURA, uma imposição que está a ser feita pelo secretário-geral da UNITA, Álvaro Chikuamanga Daniel, ao líder da JURA, Agostinho Kamuango.

Outro sim afirmam que “o tribalismo e a perseguição política está a ganhar proporções alarmantes no seio do partido” e sublinham que a direcção actual “está a fazer jogos de vingança contra quem não apoiou o senhor Adalberto”.

Em entrevista ao Correio da Kianda, a actual secretária-geral adjunta da JURA, Sandra Domingos de Oliveira, não negou e nem confirmou, dizendo mesmo, que quem poderia dar mais informação é a direcção do seu partido.

Depois da expulsão de Mfuca Muzemba, antigo secretário geral da JURA,  suspenso em 2013 das actividades partidárias, alegadamente por ter recebido de oferta um apartamento no Kilamba, bem como ter pedido apoio para o seu casamento ao empresário Bento Kangamba, e após a tomada de posse de Adalberto Costa Júnior, como presidente da UNITA, ouvia-se nos corredores da Sovismo, uma possível substituição do actual secretário-geral da JURA, Agostinho Kamuango, por não ser da conveniência do actual presidente.

Intenção que ficou sem pernas para andar, porque “as mudanças na liderança da JURA são feitas por meio de um congresso ou de um comité nacional”, disse a fonte.

 Até o desfecho desta matéria tentamos contactar o secretário geral da UNITA, mas não tivemos sucesso.