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Crise interna e resultados eleitorais do ANC deixam recados ao MPLA e FRELIMO – Analistas
As eleições na África do Sul continuam a fazer actualidade no cenário político do continente, face aos resultados das eleições desta quarta-feira que, atribuem uma vitória não folgada ao partido ANC, que não conseguiu uma maioria no parlamento.
O director executivo do Instituto Angolano de Sistemas Eleitorais e Democracia (IASED), considerou esta quinta-feira, 30, à Rádio Correio da Kianda que estes resultados são consequência das dissidências de alguns militantes influentes como Jullius Malema e Jacob Zuma. A isso, junta-se a crise socioeconómica, que afastou os jovens das urnas por elevado índice de desemprego.
O analista disse também que o ANC está a viver os resultados da crise interna com reflexo no processo eleitoral. Luís Jimbo é de opinião que o MPLA e a FRELIMO, partidos que governam em Angola e Moçambique desde as independências, precisam fazer conceções com outras forças políticas para evitar ruptura pública, mas, para o êxito dessas reformas, Jimbo defende o combate aos altos níveis de desemprego.
O também coordenador do Observatório Eleitoral disse que o elevado nível de corrupção e falta de soluções de problemas sociais, e as crises nos partidos tradicionais podem levar os cidadãos a desacreditarem as acções políticas e, encontrar formas não recomendáveis para sua sobrevivência.
Entretanto, o jornalista José Gama diz que os últimos resultados apontam a impossibilidade do ANC constituir governo sem coligação, mas, apresenta os receios em torno do radicalismo de Jullius Malema.
Já, no Kuazulu Natal os resultados são favoráveis ao antigo estadista Jacob Zumba, tendo em conta o voto étnico.
Os resultados definitivos das eleições nas terras de Mandela podem ser conhecidos no próximo domingo.
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