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Sociedade

Criminalidade “é a maka de todos os dias” no Rocha Pinto

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Os moradores do bairro Rocha Pinto estão preocupados com o elevado número de assaltos nas residências daquela zona. Segundo os cidadãos, a falta de policiamento na redondeza tem contribuído para o crescimento da criminalidade.

De acordo com alguns moradores, entrevistados pelo Correio da Kianda, vários cidadãos abandonam as suas residências por temerem pelas suas vidas.

Francisco Mateus disse que foi vítima de dois assaltos. Segundo ele, não consegue ter um sono tranquilo por estar traumatizado: “o segundo foi mais pesado. Levantaram o meu tecto e obrigaram-me a abrir a porta. Bateram-me e levaram tudo que tinha, dentre eles televisão, rádio, máquina de lavar e arca frigorífica, bem como os meus cartões com os respectivos códigos”.

Paulo Gouveia disse que só continua no bairro por não ter outra casa para morar. ”O posto policial do Capipa e a esquadra do bairro Huambo têm conhecimento dos assaltos, em função das nossas  participações e denúncias, mas nada é feito. Tenho dois anexos, mas fica muito tempo sem inquilinos pois fogem por causa do nível de delinquência”.

Celestina Manuela é moradora do bairro há mais de 30 anos. Segundo ela, não existia roubo do género no bairro, mas, nos últimos três anos, a criminalidade aumentou de maneira drástica.

”Os assaltos eram apenas nas ruas, mas agora eles estão a entrar nas residências, o que é muito perigoso. Mas, dado ao contexto em que vivemos, levarem o pouco que a pessoa tem é muito complicado. Também, grande parte dos assaltos no bairro tem participação de alguns vizinhos“, entregou.

“É a maka de todos os dias. Para além das noites mal dormidas somos abrigados a rescindir contractos com empresas cujo o período não ajuda para quem vive neste bairro”, disse Domingas Miguel e acrescentou, ainda, que os assaltos são frequentes, principalmente na quadra festiva.

Por: Baptista Zau