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Crime passional em Malanje: Mulher acusada de assassinar amante para esconder traição ao marido

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Empurrado, atacado com garrafas e estrangulado, Santos Domingos Gonga, 30 anos, morreu no passado dia 23 de Julho, no bairro Cangambo, província de Malanje, às mãos de Seja António, de 28 anos, e de Victória Quissanga, de 25 anos, confirmou ao Novo Jornal Online o porta-voz do Comando Provincial de Malanje da Polícia Nacional, inspector-chefe Junqueira António.

Segundo o responsável, as duas mulheres enfrentam, para além da acusação de homicídio a de ocultação de cadáver, realizada com a ajuda de dois cúmplices: o marido de Victória, Silva Manuel, e um amigo seu, o único dos suspeitos ainda por capturar.

“Fizemos as diligências com os efectivos do Serviço de Investigação Criminal (SIC), e conseguimos deter Seja António, Victória Quissanga e Silva Manuel, mas o amigo de Silva Manuel encontra-se foragido”, clarificou Junqueira António.

Reconstituindo os acontecimentos que culminaram no crime, o inspector-chefe explicou que a vítima foi assassinada depois de se recusar a sair de casa de Seja Antónia, apontada como sua amante.

“O jovem que em vida se chamava Santos Domingos Gonga, de 30 anos, tinha relação amorosa com a jovem Seja António, de 28 anos. Naquele dia, Seja recebeu um telefonema do seu marido dizendo que estava a sair da província do Uíge com destino a Malanje. A mulher ficou preocupada com a chegada do marido e pediu ao jovem para ir embora. Mas a vítima recusou abandonar a casa da amante porque Seja teria mentido que era solteira”, relatou o porta-voz.

Junqueira António adiantou que como as duas amigas e a vítima tinham passado o dia a consumir bebidas alcoólicas, a confusão não demorou a instalar-se.

Aflita com a possibilidade de ser apanhada pelo marido, Seja começou por empurrar o amante, com a ajuda da amiga, tentando forçar a sua saída.

Na troca de agressões, a vítima bateu com a cabeça no chão e foi atacada com garrafas no pescoço e na cara, descreveu o porta-voz.

“Durante as agressões a vítima não conseguiu defender-se porque encontrava-se em estado de embriaguez. Para além de apresentar cortes no pescoço, o Santos foi estrangulado”, relatou o inspector-chefe.

De acordo com Junqueira António, quando as duas mulheres se aperceberam da morte de Santos Domingos Gonga apressaram-se a tentar desfazer-se do corpo.

“Elas ficaram apavoradas quando notaram que mataram o jovem. A Victória ligou de imediato para o seu esposo, Silva Manuel, pedindo ajuda para se livrarem do corpo”.

Com a cumplicidade de um amigo, o homem embrulhou o corpo nuns lençóis e atirou-o para uma ribanceira, numa zona de pouco movimento.

O cadáver permaneceu escondido durante nove horas, até que um grupo de crianças deu conta do corpo enquanto brincava.

O caso foi entregue ao Ministério Público e os três detidos aguardam julgamento.

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