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Criança de seis anos é mantida em cativeiro

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Uma menor de seis anos de idade foi sequestrada e mantida em cativeiro, por uma vizinha de 39 anos, negociante no mercado informal do Mutundo, durante sete meses, na residência da suposta autora, no bairro Benfica, município do Lubango, província da Huíla, informou hoje (terça-feira) a tia da criança, Angelina Casimiro.

Trata-se da pequena Adriana Calunga “Crizia”, que desapareceu da casa da avó onde residia, no bairro Benfica, no dia 20 de Junho de 2017, e que foi resgatada pela família a 31 de Janeiro do ano em curso.

Angelina Casimiro afirmou que, durante o período do seu desaparecimento, procuraram pelas unidades hospitalares locais, com a “ajuda” da raptora, deram a conhecer ao Comando Municipal da Polícia, inclusive ao soba local, mas a criança não aparecia.

“Em Setembro de 2017, apareceu uma criança juntos das autoridades e estávamos com esperança que fosse ela, mas não era. Há dias, a vizinha chamou a minha tia, avó da pequena, dizendo que estava com a ela, pediu desculpas e quando foi confrontada do porquê que a levou, justificou dizendo que sofria em casa dos familiares. Entregou a miúda no período da noite, para que outros vizinhos não suspeitassem dela”, detalhou Angelina Casimiro.

A fonte referiu que, em nenhum momento, a pequena foi maltratada pela avó, garantindo que a responsável pelo crime arranjou a “desculpa” para fugir da real motivação do sequestro.

Declarou que a criança apareceu com vestígios de amordaçamento na pele e outros maus-tratos físicos, fruto de agressões da suspeita durante os meses em cativeiro, tendo inclusive uma queimadura feita com ferro de engomar.

Fez saber que a menina já está a ter um acompanhamento psicológico e médico.    

Por sua vez, o porta-voz em exercício do Comando Provincial da Policia Nacional na Huíla, inspector-chefe Filipe Zilungo, afirmou que a acusada já foi presa no dia 02 de Fevereiro, após uma denúncia chegada à corporação.

Acrescentou que o crime ocorreu num momento em que a avó da criança se ausentava de casa, e a autora, aproveitando a ocasião, convidou a menina para junto da sua residência onde a trancou por esses meses, por sinal a escassos metros da casa dos parentes da criança.

“A suposta autora já se encontra detida e, neste momento, está na fase da instrução do processo que vai ser encaminhado ao Ministério Público, ainda não conhecemos as reais motivações que fizeram com que a acusada raptasse a menor, mas estamos a averiguar a situação para que, nos próximos dias, possamos esclarecer o referido crime”, salientou.

Indicou que pessoas residentes no bairro alegam que não é o primeiro caso de desaparecimento de crianças, na mesma condição estão ainda mais dois menores que, supostamente, podem se enquadrar no mesmo processo da vizinha.

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