Sociedade
Criança de dois anos morre carbonizada no Cuanza Norte
Uma criança de dois anos de idade morreu, quarta-feira, carbonizado na fazenda Kizenga, a 20 quilómetros da cidade de Ndalatando, capital da província do Cuanza Norte.
Angelino de Castro Sampaio – administrador municipal adjunto para a área económica e orçamental do cazengo
Em declarações à Angop, o pai da vítima, André Muxito Dembo, informou que a criança estava a ser cuidada por duas irmãs de quatro e cinco anos, respectivamente, no interior de uma cabana, que incendiou, por causa de uma fogueira feita pelas menores para se aquecerem por causa do frio.
Segundo o pai, as irmãs da vítima não foram conseguiram tirar o irmão do interior do casebre, devido as chamas que consumiam a cabana, feita de chapas, paus e capim seco.
Contou que o incêndio se alastrou rapidamente pela cabana, numa altura em que ele se encontrava, com a mãe, a realizar trabalhos de lavoura a poucos metros do local do sinistro.
O casal, referiu, foi alertado pelos gritos de uma das filhas, que saíram ilesa do acidente.
“Eu estava a trabalhar na lavra com a mulher quando ouvi um estouro e o grito da criança, de seguida vi as chamas na cabana”, relatou.
Por sua vez, o comandante municipal do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros do Cazengo, Estêvão Feliciano, apontou a negligência dos pais como a causa sinistro, por permitir que as crianças ficassem sozinhas e fizessem fogueira próximo à cabana, numa altura que se registam ventos fortes na região.
De acordo com o oficial, os fortes ventos fizeram com que as chamas da fogueira atingissem rapidamente o capim da cabana, causando o incêndio da palhota.
Referiu que casos do género têm sido frequentes nesta época de cacimbo, em que se multiplicam as queimadas.
“Este é o primeiro caso do género na circunscrição desde o início do ano”, precisou.
Apelou à população no sentido de ter mais cuidado no manuseamento das fontes luminosas, principalmente nesta época de cacimbo, caracterizado por sol intenso e ventos forte.
Aconselhou ainda aos pais e outros encarregados de educação a não deixarem as crianças sozinhas, para evitarem situações semelhantes.
Por sua vez, o administrador municipal adjunto para área Económica e Orçamental do Cazengo, Angelino de Castro Sampaio, visitou os pais da vítima e o local do sinistro, tendo lamentado o sucedido e se solidarizou com o casal.
Afirmou que a administração municipal do Cazengo vai apoiar os pais da vítima na realização do óbito, uma vez que o casal não tem condições para as despesas do funeral.