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Economia

Criada comissão instaladora para organização da Cooperativa de Artesãos de Viana

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Foram designadas sete entidades que integram a comissão instaladora para a criação da Cooperativa Artesanal de Viana. O acto ocorreu no final da primeira Feira de Artesanato do Município de Viana, em cerimónia cujo encerramento contou com a presença do administrador municipal, Fernando Eduardo Manuel.

Os jovens Gissel Mendes, Aminata Gomes e Gabriel Lemos, que em representação dos demais assinaram os termos de compromisso da comissão instaladora, vão trabalhar com a administração municipal para a materialização da cooperativa.

A feira contou com mais de dois mil visitantes, durante os cinco dias que durou o certame, onde 80 expositores mostraram as suas artes criativas.

O administrador municipal, Fernando Eduardo Manuel, considerou o evento positivo pelo facto de os objectivos para o qual foi criada foram atingidos, que foi congregar no mesmo espaço artistas dos vários ramos de actividade das artes, como a escultura, olaria, cestaria, moda e pintura.

Dar oportunidade aos artesãos de exporem os seus produtos e encontrar parceiros para a compra desses produtos a grosso, também figuraram nos objectivos do certame. Fernando Eduardo avançou que os artesãos saíram da feira com um parceiro interessado na compra para a exportação dos vários produtos.

Fernando Eduardo anunciou que com a realização desta feira, a Administração Municipal de Viana compromete-se em encontrar um terreno para uma feira permanente e permitir que todos os anos, na altura do aniversário do município, os artesãos possam expor os seus produtos.

Até as 16 horas de sábado estavam disponíveis nos respectivos stands, no interior e no exterior da MOPIC, produtos confeccionados pelos artesãos do município. Onde a qualidade e as quantidades chamavam atenção aos visitantes.

Empreendedorismo

O atelier ELS levou ao certamente mais de 30 peças de roupa cujos preços variam dos 8.000 aos 17 mil kwanzas. Gabriel Lembos avançou ao Correio da Kianda que as roupas expostas foram trazidas apenas para chamaris. O jovem contou que só no sábado conseguiu trocar contactos com cinco clientes que, entretanto, encomendaram suas peças de roupas.

O mesmo com o ateliê de Andresa Carlos, que levou ao stand 30 peças de roupas africanas. A tabela de preços está entre dois e 10 mil kwanzas.

Quem vendeu num só dia 14 mil kwanzas é o ateliê Africláudia que além de acessórios femininos levaram sandálias e fatos. O produto mais barato são as pulseiras de 500 kz, enquanto que o mais caro são os factos, no valor de 11 mil kwanzas.

A casa de acolhimento Horizonte Azul também fez-se representar com o seu stand, onde o mestre e as suas instruendas levaram 25 cestos, três dos quais vendidos no terceiro dia da feira. O mestre António José Gomes foi também o expositor mais velho do evento.

Sofre de cegueira desde 1970 e desde então que se dedica a cestaria, no bairro da vila sede, onde a directora do centro de caridade o encontrou e convidou para treinar as meninas do lar.

Uma dessas é Maísa Pascoal, de 22 anos. Hoje já considera fácil confeccionar um cesto, a base de palmeiras, por ter aprendido correctamente com o avô António. “no principio era difícil. eu levei duas semanas, mas agora já faço muitos cestos”, contou, indicando para um dos objectos montados no stand do centro.

Ao Correio da Kianda expositores foram unânimes em reclamar da pouca divulgação que se fez da feira. “Eles deviam passar anúncio na televisão”, sugeriu Gabriel Lemos. Gissel Mendes reparou que o evento tenha sido divulgado apenas na rádio, enquanto que o jovem Manuel Gomes acha que a mensagem não chegou a todos, tendo dito que para tomar conhecimento da feira, foi por intermédio do seu mestre que recebeu o convite e o alertou.

“Se tivessem avisado também nos bairros, acredito que viria mais gente expor e comprar. No sábado, único dia que participou disse ter conseguido vender cinco pares dos seus calçados manufacturados a cabedal.

No final a organização entregou certificados de participação e um kit de material aos expositores distribuídos nas categorias de corte e costura, pintura, escultura, artesanato, sementes e oleiros.

Os estilistas do município também tiveram o seu momento, quando ao cair do pano, já noite a dentro, fizerem desfilar no tapete vermelho da MOPIC, os modelos com variedade de trajes para várias ocasiões.