Politica
“Criação de frente ampla da oposição é uma vontade do cidadão”, diz UNITA
O presidente da União Nacional para Independência Total de Angola (UNITA), Adalberto Costa Júnior, em entrevista à estação radiofónica MFM, reforçou na formação de uma frente ampla da oposição como forma de atender “à vontade expressiva dos cidadãos que auguram pela alternância do poder político em Angola”.
Adalberto Costa Júnior informou, nesta segunda-feira, 14, que no último congresso da UNITA foi aprovada a formação de um bloco de resistência ao MPLA para as próximas eleições gerais.
“A UNITA tem um programa político e dentro dele está colocado tudo que deve ser feito para que possamos fazer parte de uma frente ampla democrática, que leve a alternância do poder em Angola, interesse de todos os angolanos”, disse.
Para o presidente do maior partido na oposição é necessário que os partidos estejam atentos aos interesses e vontade dos cidadãos.
“Se a nossa constituição não fosse feita para defender interesses de quem ali está, nós tínhamos a possibilidade de ir ao cidadão perguntar que modelo de eleição gostaria que tivéssemos. Cidadão, és a favor ou contra a cerca sanitária de Luanda?”, segundo Adalberto, é assim que acontece em democracia e “aqui o partido-estado não tem esse hábito”.
Questionado sobre a realização das eleições autárquicas, desvalorizou os argumentos do Presidente da República e do ministro do MAT sobre o adiamento das autarquias, considerando como um golpe aos cidadãos.
“Não podemos ter dirigentes que fazem promessas e não cumprem. A primeira promessa para realização das eleições do poder local foi em 2005, no princípio do processo de paz e depois foi-se adiada constantemente até hoje”, declarou e argumentou que “o MPLA tem medo porque sabe que nas autarquias é participação do cidadão, nas autarquias não há um que ganha tudo”.
O líder do “Galo Negro” entende que o MPLA tem medo de partilha do poder, portanto, “este partido está viciado no domínio de tudo e mais alguma coisa, quer mais uma vez, limitar o exercício da democracia para se atribuir o monopólio da governação através da interpretação incorrecta do gradualismo”.