CPLP aponta vantagens da dispersão geográfica dos países-membros para o Fórum das agências de comercio e investimentos

O Director Geral da CPLP, Armindo de Brito Fernandes, considerou de vantajosa, para o Fórum das Agências de Promoção do Comércio e de Investimento da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, a dispersão geográfica dos países-membros, pelo facto de oferecer a possibilidade de se estabelecer como uma plataforma estratégica de concertação pluricontinental.

O responsável falava, quando intervinha na reunião constitutiva do Fórum das Agências de Promoção do Comércio e de Investimento da CPLP, que se realizou nesta sexta-feira, 18 de Fevereiro, na sede da Agência angolana de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX), em Luanda.

“A pertença dos Estados-Membros a regiões geográficas distintas, em processos de integração económica, oferece também à CPLP a possibilidade de se estabelecer como uma plataforma estratégica de concertação pluricontinental, que se estende do Atlântico ao Pacífico, criando valiosas oportunidades de cooperação, apesar da descontinuidade territorial dos seus países, incluindo o incremento da exposição das empresas e investimentos com origem ou destino nos mercados dos países da CPLP”, considerou.

Lembrou ainda que a constituição do Fórum resulta das orientações saídas da Cimeira da CPLP que Luanda acolheu em Julho de 2021, em que se encorajou os Ministros responsáveis pelas áreas do comércio, da economia e das Finanças dos Estados-Membros a realizarem uma reunião conjunta, com vista à definição de uma estratégia integrada para a cooperação económica na CPLP, assim como a institucionalização do Fórum das Agências de promoção e de investimento da CPLP.

A implementação do objetivo geral de cooperação económica requer, de acordo com Director Geral da CPLP, a afirmação clara da organização, enquanto um espaço comunitário de convergência ao nível do quadro legal e regulatório, dinâmico em matéria de fluxos de investimentos e de trocas comerciais, tendo em vista o reforço da capacidade de atração de investimentos.

“Queremos que as empresas sejam cada vez mais capazes de corresponder às exigências para competir no mercado global, o que significa um compromisso com a capacitação e a formação, a garantia da qualidade, a melhoria do ambiente de negócios, o apoio ao acesso ao financiamento e a internacionalização, com especial atenção às pequenas e médias empresas”, referiu.

Disse ainda que a Reunião Constitutiva do Fórum das Agências de Promoção do Comércio e Investimento da CPLP representa o compromisso empenhado e o engajamento das entidades representadas no encontro para o reforço do diálogo e da cooperação em torno de iniciativas relacionadas com a internacionalização das empresas, o aumento das trocas comerciais e o investimento em sectores estratégicos para os países que a compõem.

Considerou também que o Fórum será um dos primeiros ‘operadores’ da agenda estratégica da CPLP para o reforço da cooperação económica, pelo facto de a sua ação vir a beneficiar a capacidade operacional e o alcance das agências nacionais pela intensificação da partilha de informação e a implementação de iniciativas conjuntas.

Armindo de Brito Fernandes aproveitou a ocasião para lançar o convite aos Estados-membros da CPLP, a participar de forma activa na preparação e realização da primeira reunião de Ministros da Economia, do Comércio e das Finanças da CPLP, a ter lugar em Luanda, em Abril próximo, pois só “com o empenho de todos será possível construirmos uma estratégia sólida e representativa das necessidades das economias dos nossos países”.

Reiterou igualmente que o Fórum das Agências de Promoção do Comércio e de Investimento da CPLP está enquadrado no objectivo geral de cooperação económica da organização, e por isso requer a afirmação clara da CPLP enquanto um espaço comunitário de convergência ao nível do quadro legal e regulatório, dinâmico em matéria de fluxos de investimentos e de trocas comerciais, tendo em vista o reforço da capacidade de atração de investimentos.

“Queremos que as empresas sejam cada vez mais capazes de corresponder às exigências para competir no mercado global, o que significa um compromisso com a capacitação e a formação, a garantia da qualidade, a melhoria do ambiente de negócios, o apoio ao acesso ao financiamento e a internacionalização, com especial atenção às pequenas e médias empresas”.

Terminou a sua intervenção mostrando a disponibilidade e interesse do Secretariado Executivo da CPLP, no empenho e no compromisso em apoiar as iniciativas do Fórum, através do diálogo contínuo e facilitando uma ação concertada em todas as dimensões do trabalho conjunto.