Lusofonia
CPLP advoga aumento e divulgação de conteúdos em Português na União Africana
A Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), pretende ver aumentado o conteúdo em Língua Portuguesa na União Africana, bem como uma maior divulgação. Para tal, pretende interceder junto do organismo regional africano, para uma maior valorização do idioma, que já é uma das línguas de trabalho da organização.
Ao abrigo do programa que visa interceder junto da União Africana (UA) para o aumento da produção e divulgação de conteúdos em língua portuguesa, um dos seus idiomas oficiais, deverão ser lançadas as bases para a criação da associação de luso-falantes na Etiópia, augurando-se que seja um parceiro fundamental do Grupo da CPLP neste país da África Oriental.
A informação consta do programa de actividades da CPLP, para o ano de 2022, realizada recentemente em Adis Abeba, onde se destaca a celebração do centenário de vultos literários da lusofonia, onde constam os escritores Agostinho Neto (Angola), Aguinaldo Fonseca (Cabo Verde), Agustina Beça Luís e José Saramago (Portugal), Darcy Ribeiro e Maria Firmina dos Reis (Brasil) e José Craveirinha (Moçambique).
O programa prevê igualmente a realização das jornadas comemorativas do “5 de Maio”, Dia Internacional da Língua Portuguesa, um ciclo de cinema e uma conferência atinente a preparação de três novos volumes (IX, X e XI) da História Geral de África (colecção da UNESCO).
Os representantes diplomáticos dos Estados-Membros da CPLP em Adis Abeba teceram comentários sobre os resultados da 35.ª Cimeira Ordinária da UA, realizada em Fevereiro último na Etiópia, bem como considerações sobre a situação da pandemia da COVID-19 nos respectivos países.
Os resultados da 6ª Cimeira União Africana-União Europeia, ocorrida em meados de Fevereiro na capital belga, Bruxelas, também mereceram análise dos participantes e perspectivaram as próximas reuniões continentais de interesse da CPLP.
A Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) é integrada por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
Angola assumiu a presidência rotativa da organização na cimeira realizada em Luanda, a 17 de Julho de 2021. “Construir e fortalecer um futuro comum e sustentável” é o lema da presidência angolana para o biénio 2021-2023.