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Covid-19: pandemia trava andamento das obras do porto de Cabinda

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O governador de Cabinda, Marcos Alexandre Nhunga, disse, nesta semana, que muitas das obras que estavam previstas para este ano naquela província não arrancaram e outras não foram concluídas por culpa “do inesperado inimigo invisível”, tendo no entanto, prometido continuidade das mesmas em 2021.

Marcos Alexandre Nhunga prestou estas declarações na cerimónia de cumprimentos de fim de ano, na presença dos vice-governadores, administradores municipais, do sub-procurador geral, do juiz presidente do tribunal provincial, além de delegados dos ministérios do Interior, da Justiça e das Finanças. As autoridades religiosas e tradicionais também assistiram à cerimónia que visou apresentar aos cidadãos do enclave o estado de todos os sectores da província.

O governante começou por afirmar que “são vários os projectos programados para 2020 que, infelizmente, foram interrompidos, e como é óbvio, não conheceram a sua conclusão”, um cenário, que segundo fez saber, “entristece a todos”.

No seu discurso de prestação de contas, Marcos Alexandre Nhunga referiu que “nesta altura estaríamos a usufruir de muitos deles, ou a observar o grande avanço de alguns ou ainda à espera da sua inauguração”, tendo precisado tratar-se do terminal de passageiros, do terminal de águas profundas do porto de Cabinda, no Caio, do Hospital Geral.

Em termos de níveis de execução, o governador de Cabinda disse que o “colapso económico que o mundo viveu e o país em particular”, afectou consideravelmente as obras do terminal de águas profundas do porto de Cabinda, no Caio, estando agora na ordem dos 25%, depois de retomadas, com a chegada de mais de 110 técnicos, ao passo que “a construção do quebra-mar já atingiu os 69,98% do grau de execução física e o terminal de passageiros está na ordem dos 88,10% de execução física”.

Disse ainda que “são obras que certamente vão mudar a vida das nossas populações. Com a entrada em funcionamento do ferryboat, o transporte de pessoas e mercadorias de Soyo para Cabinda e vice-versa vai ser facilitada”, prevendo a redução do custo de vida vai baixar das pessoas como o principal benefício.

Ainda sobre o ferryboat, cujas obras da rampa “estão a caminhar bem”, garantiu já estar no país a embarcação com capacidade para 60 passageiros, 9 contentores e 10 veículos.

Portanto, para Cabinda 2020 foi “um ano que mutilou vários sonhos. Sonhos individuais e colectivos. Tudo, por culpa de um inesperado inimigo invisível, que assolou o mundo todo, a covid-19”.

No sector da saúde Marcos Alexandre Nhunga apontou ganhos em 2020, como “o reforço em recursos humanos com a inserção de mais 307 funcionários”, constituído por 63 médicos, 129 enfermeiros, 79 técnicos de diagnóstico, 19 técnicos de apoio hospitalar e 17 técnicos de regime geral, tendo anunciado que recentemente o sector, na província, beneficiou de uma quota adicional de 438 vagas para todas as áreas, e que a “sua inserção acontece dentro de dias”.

Outros ganhos apresentados pelo governante é a abertura do gabinete de utente nos hospitais Santa Catarina e 28 de Agosto. Ainda a implementação do sistema de triagem de manchester no HPC e a triagem de síndromes respiratórios agudos para adultos e crianças, em quase todas as unidades sanitárias da província, bem como a entrada em funcionamento do serviço de Tomografia Axial Computadorizada (TAC), pela primeira vez no HPC, e a retomada do exame de RX.

“Ainda não estamos satisfeitos com os resultados. Queremos fazer muito mais. Por isso, no ano que vem, queremos olhar mais ao factor homem. Vamos apostar na formação contínua e permanente dos quadros. Vamos enviar ao exterior do país, 20 profissionais para se formarem em várias áreas de especialização. Prevemos aumentar a capacidade de atendimento da população, com a inauguração e entrada em funcionamento do Hospital Geral de Cabinda”, prometeu, acrescentando que em 2021 “vamos potencializar as unidades periféricas em recursos humanos competentes, meios logísticos, técnicos e tecnológicos de ponta”.

Ainda sobre o sector dos transportes, o governador informou que a província de Cabinda recebeu mais 20 autocarros que servirão para reforçar a capacidade de mobilidade nos quatro municípios da província. Marcos Nhunga informou ainda que está lançado um concurso público, através do qual se pretende entregar às entidades particulares que tenham capacidades de reembolsar o valor da aquisição.
“vamos priorizar entidades honestas e não aquelas que no passado receberam e até hoje não pagam” avisou.




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