Covid-19: Executivo pode voltar a encerrar praias, piscinas públicas e reduzir capacidade nos transportes públicos

A Comissão Multissectorial para Prevenção e Combate à Covid-19 vai propor ao Executivo o endurecimento de algumas medidas que foram aliviadas no decreto em vigor, como o encerramento de praias e piscinas públicas, para evitar a evolução da situação epidemiológica da covid-19 em Angola.

A informação sobre as revisões das medidas foi avançada pelo coordenador da Comissão Multissectorial para Prevenção e Combate a Covid-19, Francisco Furtado, que acrescentou, entre várias outras medidas, o endurecimento vai afectar, igualmente, a circulação dos transportes públicos.

“Algumas medidas que foram aliviadas no decreto em vigor iremos propor ao Executivo que sejam endurecidas novamente. Estamos a nos referir no acesso as praias, das piscinas públicas, dos aglomerados populacionais, nas vias públicas, assim como a circulação dos transportes públicos e outras que vão ser propostas ao chefe do Executivo para que, de facto, nós possamos controlar e mitigar os efeitos da situação que está se viver no país”, disse, garantindo que, apesar do aumento de casos nos últimos dias, estas revisões não vão paralisar as aulas, mas recomenda vacinação obrigatória de professores e estudantes maiores de 18 anos de idade.

“Não haverá paralisação das aulas, o que vamos recomendar é que, de facto, se estende o período de leccionamento das aulas alterando a composição das turmas. E também que os professores e alunos maiores de 18 anos de idade tenham a vacina actualizada”, acrescentou.

O também Ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, citado pela Rádio Nacional de Angola, esclareceu que as razões do agravamento de determinadas medidas devem-se ao aumento de novos casos registados em Angola, bem como o incumprimento que se verifica em todo o país, desde o aglomerado populacional e não uso da máscara facial.

“Temos acompanhado, não só em Luanda, mas também noutras províncias do pais, que cerca de 60% das pessoas deixaram de usar máscara nas vias públicas e nos locais de aglomerados populacionais, eo país está perante a terceira vaga comunitária de circulação do vírus. Nós temos neste momento os vírus mais letais”, argumentou, quando o país registou ontem 457casos novos, 13 mortes e 93 pessoas recuperadas.

Por Pedro Kididi