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Politica

“Corrupção financeira é consequência da corrupção política e eleitoral” – considera UNITA

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Através de uma declaração política emitida nesta quinta-feira, na Assembleia Nacional, o maior partido na oposição considera que durante o mandato de João Lourenço, que está a findar, os angolanos não puderam beneficiar da actividade fiscalizadora da Assembleia Nacional, a boa execução das leis pelo Executivo.

Na voz da Vice-Presidente do partido, Arleth Chimbinda, a UNITA refere que nestes cinco anos, “a vida da maioria das famílias piorou em relação a 2017”, não piorou por causa da pandemia, mas principalmente pela “incompetência do Governo” em cumprir as promessas eleitorais daquele ano. Os “constantes actos de agressão à Constituição e ao Estado de direito democrático”, constituem também razões da degradação da vida das famílias angolanas.

Refere ainda que foi prometido aos angolanos que a necessidade de transparência na actuação dos serviços e dos servidores públicos, bem como o combate ao crime económico e à corrupção que “graça a em algumas instituições”, em diferentes níveis, constituiria uma importante frente de luta a ter seriamente em conta, durante o mandato.

Para os parlamentares da UNITA, chegados ao fim do mandato, verifica-se que “o combate à corrupção política e eleitoral, ainda nem começou”. Os maninhos admitem que houve alguns sinais, mas que não passaram de “mera intenções”.

“Durante o mandato, vimos alguns sinais do combate à corrupção financeira, mas sendo esta uma consequência da corrupção política e eleitoral, é esta que deve ser combatida primeiro. Vemos com preocupação que esta raiz da corrupção angolana de alta hierarquia continua protegida e inatacável”, disse Arleth Chimbinda.

As mesmas práticas de desvio de recursos públicos para fins partidários, compra do voto, corrupção sobre o eleitor, contratação da INDRA, captura da CNE e bloqueios insustentáveis à criação de comissões de inquérito para apurar factos, reforçar a transparência e cimentar a confiança, são outros elementos que a UNITA invoca.