Politica
“Corrupção é um mal que corrói as sociedades” – Adão de Almeida
Angola assumiu esta quarta-feira, em Luanda, a presidência rotativa do Fórum das Inspecções Gerais dos Estados africanos por um período de dois anos com foco no combate à corrupção.
A FIGE, plataforma criada em 2026, em Djibouti, tem como objectivo reforçar o intercâmbio e a cooperação entre Estados africanos em matéria de controlo interno administrativo.
O inspector-geral da IGAE, João Pinto Manuel Francisco, é o novo homem forte da instituição Pan-africana que comporta cerca de 20 países africanos.
A cerimónia oficial de passagem de pasta do Congo para Angola teve lugar durante a nona assembleia geral e o décimo primeiro colóquio internacional do fórum das inspecções gerais dos estados africanos.
O novo homem forte do FIGE, destacou a importância desta presidência para a administração pública, e apontou os pontos que deverão nortear a liderança angolana nesta instituição.
Por sua vez, o ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, disse que a corrupção é um mal que corrói as sociedades, mina as instituições destruindo a sua credibilidade e atrasa o desenvolvimento dos países.
Adão de Almeida adiantou que que desde 2017 que Angola tem registado avanços no combate à corrupção e a impunidade, experiência que pode servir para outros estados africanos.
Durante três dias de actividades, a nona assembleia geral da FIGE decorre sob tema: “A luta contra a corrupção e branqueamento de capitais-investigações, repressão e cooperação”.
Recuperação de activos
Sobre o primeiro colóquio internacional sobre o Combate a corrupção e o branqueamento de capitais, ao nível dos sete países membros, o padre Celestino Epalanga afirmou que faltou transparência no processo de recuperação de activos.
Tendo questionado a estratégia nacional de recuperação de activos, que segundo disse, o combate à corrupção no país falhou por não se ter respeitado o primado da lei na recuperação de activos.
De acordo com o Secretário-geral da Comissão de Justiça e Paz da CEAST será necessário dar novo vigor a este combate à corrupção, pois “os factos mostram que prevalece um sistema de corrupção bem montado que ameaça as instituições e corrói a sociedade toda”.
O Secretário-geral da CEAST espera efectivamente que “esta nova estratégia que está a ser gizada, possa responder os anseios do presidente e de todos os angolanos sobre um real combate a corrupção”.
Escute os áudios nos Jornais da Rádio Correio da Kianda.